Internada há cerca de um mês no Hospital Regional de Taguatinga (DF), depois de passar por outras duas unidades, uma mulher de 72 anos teve uma surpresa: recebeu a visita de seu cachorrinho.
O reencontro ocorreu por indicação da equipe médica, após Neuza Botosso apresentar quadro depressivo. Foi, então, que as terapeutas ocupacionais buscaram uma forma de reunir a paciente e Toy.
"É indescritível a sensação de rever o bichinho que a gente gosta", disse ela.
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Neusa mora sozinha com o shih tzu, com quem divide a casa há seis anos, segundo a Agência Brasilia, que divulgou o reencontro na terça-feira (15).
Segundo a terapeuta ocupacional Mchilanny Bussinger de Menezes, em um primeiro momento a paciente adorou a ideia de rever o pet, mas recuou por achar que a separação após a visita faria os dois sofrerem. Convencida pela equipe, ela teve a ajuda do filho para poder abraçar Toy novamente.
"Está fazendo muito bem para a autoestima dela", afirmou Ilton Elias Botosso Figueiredo, que levou também os filhos e a esposa para o encontro.
As internações de Neuza começaram há três meses. A primeira foi por suspeita de Covid-19, o que não se confirmou. Ela teve problemas respiratórios e insuficiência renal, mas está internada agora para tratar uma infecção por pé diabético.
Por causa da pandemia, visitas estão proibidas -é possível apenas troca de companhia. De acordo com o governo do DF, as terapeutas afirmam que Neuza não sorria há muito tempo.
Toy também ficou feliz. Na hora de ir embora, ele se escondeu sob a cadeira da paciente e precisou ser retirado dali para ir para casa.
O encontro ocorreu em um espaço aberto, com pouca movimentação, sem necessidade e o pet e a família da paciente entrarem no hospital.
Outros pacientes com longa internação também têm indicação de visitas controladas, mas essa foi a primeira experiência com um animal de estimação na unidade. A expectativa é que Neusa volte a receber visitas do cachorrinho.
É comprovado o benefício dos animais na saúde das pessoas. Há hospitais no país que permitem a visita de pets dos pacientes, dentro das normas de segurança. Outros aceitam presença de cães terapeutas -serviço também afetado pela pandemia.