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Gripe e doenças articulares em cães, saiba como protegê-los

29 ago 2019 às 09:06

Não são só os humanos que sofrem com mudanças bruscas de temperatura. Tosse seca, forte e persistente, febre, falta de apetite e apatia são alguns dos sintomas de uma velha doença conhecida por todos – a doença respiratória infecciosa canina, popularmente conhecida como "tosse dos canis" ou "gripe canina". "Observamos um aumento de doenças respiratórias nesta época fria do ano, já que o trato respiratório fica mais fragilizado e suscetível a infecções", explica o médico-veterinário Alexandre Merlo, Gerente Técnico de Animais de Companhia da Zoetis. Além disso, ele enfatiza que vários agentes, sejam vírus ou bactérias, podem provocar um quadro clínico semelhante.

Cães de qualquer raça ou idade podem contrair gripe. E, embora seja um problema bastante comum, hoje uma parcela pequena da população de cães é vacinada. "A temperatura mais fria e o aumento da umidade favorecem a proliferação de vírus e bactérias, principalmente em situações de aglomeração. O contágio da gripe se dá pelo ar ou pelo contato direto com outros animais infectados", diz Alexandre.


Algumas medidas podem ser adotadas para evitar a doença no inverno, como proteger o animal de friagem, não dar banhos com água muito fria e evitar aglomerações entre animais não vacinados. "Mas, a maneira mais eficaz de proteger o cão é a vacinação", recomenda o especialista.


Doenças articulares


Um problema que pode prejudicar a saúde dos cães durante todo o ano, mas que no inverno fica mais evidente, são as doenças articulares. "No frio é mais comum aparecerem os sintomas, causados por desgastes das articulações e cartilagens, e que alteram a saúde e a rotina do animal", diz Alexandre.


"Os sintomas são inespecíficos, por isso é de extrema importância não ignorar os comportamentais do animal, que podem envolver falta de apetite e de movimentação do cão, dores, tristeza, não subir no sofá, não fazer festa para o dono", completa.


As causas do problema estão relacionadas a alguns fatores, como genética, alimentação, ambiente onde vive, entre outros. Portanto, animais com a composição física desfavorável aos movimentos, obesos ou que passam a maior parte do seu tempo em locais que dificultam sua mobilidade (como pisos lisos e escorregadios) estão mais propensos a desenvolver a doença.

"É muito importante que o animal receba o tratamento adequado aos primeiros sintomas para evitar que a doença se torne um problema crônico, quando não há cura imediata. O tratamento convencional é feito à base de anti-inflamatórios e de analgésicos. Terapias alternativas como acupuntura e fisioterapia também são recomendados, a depender do caso e da gravidade", finaliza Merlo.


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