Festas de fim de ano são marcadas, tradicionalmente, por casa cheia, aromas e fogos. Neste 2020 da pandemia, em que o ideal ainda é manter o isolamento, é prudente que as reuniões em família não aconteçam como antes. Mas decoração, comida típica e rojões devem continuar presentes. E isso implica riscos para a saúde dos pets.
Nesta época, clínicas costumam registrar aumento nos atendimentos por intoxicação alimentar ou acidentes com enfeites de Natal. Se o pet passar mal ou se ferir com a decoração, não tente receitas caseiras. Identifique a causa, acione o veterinário de confiança e busque atendimento específico.
Saiba tudo para o pet ter um fim de ano tranquilo:
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- O pecado da gula - Uma cena clássica na ceia é o cachorro tentar roubar comida do prato de alguém. Mas, para evitar cólicas, vômitos e diarreia, o ideal é manter a dieta e só oferecer o que pet já está acostumado a comer. Mantenha o cachorro longe de doces e comidas gordurosas. Uvas -naturais e passas- e macadâmia também podem fazer mal, conforme quantidade ingerida e o peso do animal. Caso receba alguém em casa, oriente o convidado a não dividir o prato com o peludo, já que alguns alimentos e temperos são tóxicos ou de difícil digestão e podem acabar com a festa do bichinho. Se quiser fugir da ração, use produtos feitos especialmente para os animais. Há panetones, chocolates e até vinhos que não fazem mal a eles, mas devem ser oferecidos com moderação. O mimo é válido, mas seja petisco próprio para animais ou caseiro, idade e condição de saúde devem ser levadas em conta. E é sempre bom consultar a opinião do veterinário.
- Decoração não é diversão - Bolinhas e luzes piscando podem transformar a árvore de Natal em um parque de diversão para cães e gatos. Mas eles podem engolir peças, sofrer ferimentos e até choques elétricos. Filhotes, que roem tudo o que acham pela frente, podem se interessar também pelos fios do pisca-pisca.
- Chique é estar confortável - Fantasiar o cachorro de Papai Noel pode ser quase irresistível para os tutores. No entanto, roupinhas e adereços natalinos, assim como fantasias de Carnaval ou de festas juninas, devem ser confortáveis e não limitar os movimentos. O tutor deve sempre levar em consideração se o animal está acostumado a usar roupinhas. Além disso, o calor pode incomodar. Uma alternativa é colocar a roupinha apenas para uma sessão de fotos ou para um momento especial da noite.
- A tortura dos fogos - Fogos de artifício, trovões e ruídos excessivos -como música muito alta- são inimigos dos animais, que têm audição extremamente sensível. Assustado, o cachorro pode tentar se esconder ou fugir. E, assim, pode pular janelas, correr para o meio da rua ou se machucar com objetos mesmo dentro de casa. Cães e gatos com problemas de saúde devem ter atenção especial, principalmente aqueles com doenças cardíacas. A dessensibilização deve começar meses antes do período de festas, mas algumas dicas podem ajudar na hora da queima: agir de forma natural e entreter o pet com o brinquedo preferido; deixar o animal em um cômodo tranquilo, onde o som seja mais abafado; não forçar situações desconfortáveis e deixar que ele se esconda sob algum móvel; colocar algodão no ouvido, superficialmente para não machucar e apenas enquanto durar o barulho. É importante que ele use plaquinha de identificação, com nome e telefone do tutor para contato. Isso ajuda -e muito- em caso de fuga.
- Focinhos ao vento - Se, apesar da Covid, a família optar ou precisar viajar, o pet deve ser transportado de forma segura e confortável no carro: em caixas ou bolsas apropriadas, no banco traseiro, com cinto de segurança; não permita que ele coloque a cabeça para fora da janela; use coleira e guia. Contra enjoos, o cachorro deve ser alimentado três horas antes da partida. Ofereça água em trajetos com duração acima de quatro horas. Se o percurso for mais longo, é recomendado estacionar o carro em lugar seguro e levá-lo para fazer xixi e esticar as patinhas.