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Após caso no RS, Justiça proíbe Cobasi de vender animais em shoppings

11 jul 2024 às 12:27

O Tribunal de Justiça do rio Grande do Sul proibiu a Cobasi de comercializar animais em lojas de shoppings do Brasil.


A proibição ocorre após a morte de 175 bichos que estavam em uma loja da unidade que inundou. A decisão, divulgada na quarta-feira (10), é da juíza Patrícia Antunes de Laydner e seu descumprimento pode acarretar multa de R$ 1 mil.


Os animais ainda podem ser comercializados em unidades que não estejam em shoppings. Os que ainda estão nesses locais devem ser transferidos no prazo máximo de cinco dias, informou o Tribunal.


A juíza explica que há risco de demora na evacuação nesse tipo de prédio comercial em emergências. ''A própria Cobasi já reiterou que no episódio da inundação se viu impossibilitada de resgatar os animais da unidade Shopping Praia de Belas, diante da proibição por parte da administração e de ingresso nas dependências do shopping.''


A empresa argumentou que a decisão fere as regras de livre exercício da atividade econômica. Disse ainda não haver notícias de maus tratos e crueldade nos cuidados dos animais ao longo de 40 anos de atuação.


175 BICHOS MORTOS EM LOJA


Roedores, aves e peixes estavam dentro do local quando inundou. O caso ocorreu em maio deste ano em uma unidade que fica no subsolo do Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, em meio às enchentes que atingiram o estado gaúcho.


Os funcionários evacuaram em segurança durante a inundação da loja. Segundo a rede, os colaboradores seriam breves no retorno para resgatar os pets que ficaram, mas ''não foi possível fazer acesso seguro devido ao nível da água''.


Computadores do petshop foram guardados no mezanino, contou a delegada Samieh Saleh ao UOL. "Identificamos que os computadores, CPUs que estavam nos caixas no subsolo foram retirados e colocados no mezanino. Eles tiveram esse cuidado em retirar os eletrônicos, mas os animais ficaram embaixo", relatou.


Defensoria Pública do Rio Grande do Sul ajuizou ação de R$ 50 milhões contra a Cobasi. O órgão fez pedido de indenização por danos ambientais, à saúde pública e psicológica à coletividade.


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