A depressão nos animais pode se manifestar de várias maneiras, assim como nos humanos. As principais causas são as mudanças de rotina e de ambiente, a solidão e a falta de atividades físicas.
Segundo Karina D'Elia Albuquerque, médica veterinária e professora do curso de medicina veterinária da Universidade UNIVERITAS/UNG, todos os animais domésticos podem sofrer de depressão, principalmente cães e gatos. "Atualmente com a humanização dos animais domésticos, temos nos deparado com recorrentes manifestações de depressão, ansiedade e outros distúrbios psicológicos que afetam diretamente a personalidade destes animais, como: irritabilidade, destruição de móveis e objetos pessoais, e urinar e defecar fora dos locais pré-estabelecidos", explica.
Confira mais detalhes sobre o transtorno em animais de estimação com as respostas da especialista.
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1 - Os cães são seres mais dependentes, como os sintomas de depressão se manifestam?
Há diversas formas de aparecimento da depressão. Os cães podem manifestar a perda do apetite, apatia acentuada, lambedura excessiva nas patas e no corpo, tristeza profunda, rejeição ao toque e isolamento.
2 - Os gatos têm depressão? Como identificá-las?
Os gatos são ainda mais propensos a desencadear a patologia, pois a mudança de rotina pode levar à depressão. Com isso, pode haver o aparecimento de doenças, como a Síndrome da Pandora (cistite idiopática no felino), e principalmente as fêmeas, que iniciam com sintomas de cistite e hematúria (sangue na urina). Outros animais se escondem e param de se alimentar.
3 - Por que a depressão aparece?
Os cães e os felinos são muito resistentes às mudanças de rotina, como a introdução de um novo animal na casa, a morte de uma pessoa próxima ou o afastamento de um animal companheiro. Devido à correria do mundo moderno, os donos dos pets passam muito tempo no trabalho e os animais se sentem sozinhos e abandonados.
4 - Existe tratamento? Quais alternativas existem para reverter o quadro de depressão?
Em primeiro lugar, precisamos minimizar ao máximo as mudanças de rotina, levar ao veterinário para realizar exames laboratoriais e de imagem e ter certeza que não há doenças primárias. Além disso, é preciso tentar manter uma rotina diária com os animais, como passeios e brincadeiras. Manter um acompanhante sempre que possível na ausência do proprietário. Há casos que são recomendados o uso de antidepressivos e sessões terapêuticas caninas.