De acordo com estudo publicado pelo Centro Médico de Minnesota, nos Estados Unidos, 10% dos cães e 30% dos gatos com mais de 15 anos possuem doença renal crônica.
“É uma doença silenciosa e só vai se manifestar clinicamente quando 75% da função renal estiver comprometida. Apesar de não ter cura, ela pode ser controlada e oferecer qualidade de vida ao paciente”, declara o membro da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo), Fausto Hayashi.
Integrante da Comissão de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP, Otávio Verlengia, ressalta que a doença renal crônica é irreversível e progressiva. Por isso, é fundamental focar na prevenção, com consultas periódicas com um médico-veterinário e a realização de exames preventivos.
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A alimentação deve ser balanceada, elaborada por médico-veterinário ou zootecnista. “Se for comida, deve ter a quantidade equilibrada de nutrientes. Se for ração, deve ser de boa qualidade e adequada à idade do animal, sempre com conhecimento de um profissional”, recomenda Verlengia.
A quantidade de proteínas deve ser adequada, pois o excesso pode sobrecarregar a função renal.
Para os gatos, é muito importante a dieta úmida. Oferecer sachês e ração úmida são ótimas formas para aumentar a hidratação de forma indireta. Verlengia explica que a alimentação úmida deve ser iniciada com o felino ainda filhote, após o desmame, para que ele possa acostumar.
“Essa é uma forma para prevenir a insuficiência renal crônica. Outra particularidade dos gatos é que eles gostam de água em movimento. Se a água estiver parada por poucas horas, o gato começa a recusar.”
ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL
A presidente da Comissão de Bem-estar Animal do CRMV-SP, Cristiane Pizzutto, recomenda ofertar vários pontos de água limpa e fresca, preferencialmente com água em movimento, como fontes para os gatos.
O enriquecimento ambiental pode ser usado como forma de estímulo à hidratação. “Sachês e ração úmida podem ser oferecidos em comedouros complexos, que ajudam a entreter o animal. Alguns alimentos podem ser congelados e ofertados em forma de ‘sorvetes’, contribuindo em demasia para a ingestão de mais líquido”, afirma Cristiane.
Pensando no comportamento natural de predador, a presidente da Comissão afirma que congelar a comida úmida no formato de bolinhas e colocá-las para rolar é uma forma de estimular o comportamento de caça dos gatos e, também, favorecer a ingestão da recompensa recheada de água.
“Pontos de plantio de gramíneas para gatos também oferecem interação que agradam os felinos e trazem benefícios não apenas para a hidratação, como também para o bom funcionamento do intestino, ajudando, inclusive, a eliminar as bolas de pelos”, indica a profissional.
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