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Castramóvel completa três anos em Londrina com quase 30 mil animais atendidos

07 mar 2023 às 13:16

O Castramóvel, Programa Municipal de Controle Populacional de Cães e Gatos de Londrina, comemorou três anos de existência nesta segunda-feira (6). 


Desde 2020, quando foi inaugurado, o serviço coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde já atendeu 27.161 animais domésticos, oferecendo a castração, microchipagem e medicamentos pós-cirúrgicos, tudo gratuitamente.


Durante a visita uma visita, o prefeito Marcelo Belinati afirmou que essas e outras ações voltadas à proteção dos animais, domésticos ou não, têm sido implementadas desde seu primeiro mandato, iniciado em 2017. 


Belinati reforçou que, como tutor de quatro cães, sabe que a castração é um ato de amor e, também, uma medida importante de saúde pública. 


“Tem gente que pode achar que a castração é algo ruim para o animal, mas pelo contrário, é um gesto de amor. Com quase 30 mil castrações, são mais de 100 mil animais que hoje poderiam estar nas ruas, e não estão. Agradeço à Câmara Municipal pela parceria desde o início, com a vereadora Daniele Ziober e agora com os vereadores Deivid Wisley e a Lu Oliveira, que defendem a causa animal. O cuidado com o animal não é apenas uma questão de amor com eles, mas também uma grande questão de saúde pública; imaginem as dificuldades que seriam causadas por mais de cem mil animais nas ruas. Por isso, podem ter certeza de que esse trabalho vai continuar”, comentou.


Para executar o programa, a Prefeitura de Londrina já investiu R$ 2,125 milhões no Castramóvel e, este ano, será aplicado R$ 1,125 milhão. Os procedimentos oferecidos têm um custo unitário que varia entre R$ 110 e R$ 192, com base no porte e sexo do animal.


Semanalmente, o micro-ônibus percorre diferentes regiões da cidade, atendendo nos bairros as famílias, entidades ou protetores independentes cadastrados pelo programa. Para fazer o cadastro, é preciso preencher os dados solicitados ou enviar uma mensagem para o número de WhatsApp (43) 99997-9755. O telefone não recebe áudio ou ligações, apenas mensagens por escrito.


Uma das tutoras que estava no Castramóvel nesta segunda-feira (6) era a psicóloga Heloiza Alves dos Santos, que levou seu labrador Scooby, de dois anos e meio, para passar pelos procedimentos. 


Por ser um cão de grande porte, com quase 30 quilos, as clínicas veterinárias cobrariam entre R$ 600 e R$ 1.000 pelo serviço de castração do Scooby. 


“É um valor que fica pesado para a gente. Por ser um cão maior, tudo fica mais caro, com muito consumo de ração, mais medicamentos, e aqui não tem esses custos. A veterinária deu toda orientação, e não preciso comprar nenhum dos medicamentos, então é algo que nos ajudou muito. E, na sexta-feira, trarei a minha outra cachorra para ser castrada também”, comemorou.


Para a vereadora Daniele Ziober, que apresentou o projeto do Castramóvel ao prefeito Marcelo Belinati, o programa é um grande sucesso que beneficia a toda a cidade. 


“Existem duas histórias para a causa animal de Londrina: uma antes de 2017, que foi quando iniciou a atual administração, e uma depois. As políticas públicas iniciaram todas ali, e o Castramóvel foi meu primeiro projeto. É uma alegria ver que estamos chegando em quase 28 mil castrações em três anos, e evitamos praticamente 130 mil animais de nascerem e sofrerem nas ruas da cidade; eu diria que é a política pública mais eficaz hoje. E Londrina foi uma das poucas cidades em que o serviço não parou nem durante a pandemia, o que para nós é uma vitória”, contou.


Diariamente, em média, o Castramóvel atende de 40 a 50 cães e gatos, que variam entre pequeno, médio e grande porte. São animais domésticos de famílias cuja renda não ultrapasse três salários mínimos, além de protetores independentes, entidades e organizações de proteção animal. Somente os que forem aprovados na avaliação veterinária, com boas condições de saúde, são submetidos ao procedimento.


A médica veterinária Marina Paiva Branco, que acompanha o Castramóvel desde agosto de 2020, considera o programa essencial. 


“Todas as cidades deveriam contar com esse programa, que dá um suporte para a população que precisa. Muita gente quer castrar seus animais, mas não pode bancar devido ao gasto financeiro. E a castração é algo muito importante para os animais, pois evita doenças e procriações indesejadas, sejam em animais de rua ou os que já são acolhidos”, frisou.


A veterinária contou ainda que a microchipagem, oferecida junto com a castração, contribui também para a identificação de animais perdidos ou abandonados.

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