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'Não estou no meu estado normal', diz Claudinei

12 mar 2015 às 13:37

A vida não anda fácil para o treinador Claudinei Oliveira. Nesta quarta-feira, após mais uma derrota do Atlético Paranaense no Estadual (Operário 1 a 0) e o terceiro jogo do time sem fazer um gol sequer, o comandante atleticano estava atônito.

- Queria pedir desculpas, mas hoje não estou no meu estado normal. Estou chateado demais - disse o técnico, repetindo a frase em três outras oportunidades durante a entrevista coletiva na qual ele tentava dar explicações sobre o mau futebol do time e a vexatória nona colocação na tabela. Posição que, se o time permanecer até o fim da fase de classificação, significará disputar não o título, mas o quadrangular do rebaixamento. Seria falta de qualidade do elenco? Claudinei discorda:


- Jamais vou achar que jogador meu não tem qualidade. No Atlético todo jogador está aqui por um motivo: por ser bom. As coisas não estão acontecendo e temos de trabalhar para corrigir os erros. Contra o Operário foram muitos. Falta de proteção da bola, por exemplo.
Com os resultados, Claudinei começa a ser questionado. Ele diz que a mudança no planejamento não estava no script, mas diz que suporta pressão e que assume a culpa pelos erros.


- O determinado era que o time sub-23 jogasse o Estadual. Isso foi mudado no meio do caminho. Pode ter afetado. Mas eu aceitei isso, entraram os atletas principais, eu os escalei. Assumo tudo. E pressão faz parte. Estou em um clube grande e sei que é assim. Como ocorreu quando treinei o Santos - disse.

Sobre o jogo em Ponta Grossa, Claudinei tentava achar uma linha de raciocínio. Ele lamentou a ineficiência ofensiva: - Não tenho muito o que falar. Cléo chutou duas vezes em cima do goleiro. Nosso adversário fez muitas faltas. Mas nosso jogador não teve discernimento de matar a jogada. O último lance foi assim. Eles estavam felizes com o 0 a 0 e aproveitaram a nossa falha para vencer. Quem não faz gol não vence. Não podemos chegar dez vezes no fundo e nãoo fazer gol. Desculpem meu jeito. Não estou no meu normal - repetiu Claudinei, ciente de que um fracasso diante do Maringá no próximo sábado aprofundará ainda mais a crise.


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