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Taylorismo: Proposta para o trabalho tedioso

Beto Mansur
30 ago 2010 às 15:11

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No ano de 1911, Frederick Winslow Taylor (1856-1915), engenheiro e consciente dos interesses por Gestão de Produção, como conseqüência da Revolução Industrial, tanto dos gestores, como dos trabalhadores, publicou "Os Princípios da Administração Científica", apresentando algumas idéias a favor do desenvolvimento de uma produção e de um trabalho racional.

Como o momento histórico exigia métodos racionais para produção industrial, Taylor propôs, por experimentações dos movimentos e de tempos, o seguinte:

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1) produção em série para baixa de custos e alta de lucros;
2) intenso trabalho fracionado na linha de produção, gerando ganhos pela produtividade;
3) desenvolvimento de tarefas ultra-especializadas, repetitivas e cronometradas;
4) diferenciações entre trabalho intelectual e trabalho manual;
5) ao trabalhador que produzisse mais em menos tempo, incentivos e premiações e
6) estrutura organizacional hierárquica vertical.

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Assim, no contexto do capitalismo industrial, nascia o Taylorismo, um método de trabalho baseado no planejamento e no controle dos movimentos e de tempos na produção, no qual o trabalhador vai aos poucos sendo adestrado, cronometrado, sem autonomia e criatividade e ampliando a dimensão do trabalho tedioso ou com jeito de castigo.

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Além de tudo, o Taylorismo é marcado pela separação do trabalho e das capacidades dos trabalhadores, ou seja, o empenho independe da profissão e do conhecimento, mas apenas das políticas gerenciais. Em essência, Taylor separa o Planejamento (trabalho mental) da Execução (trabalho manual). Negativamente, pela nossa atualidade, proíbe ao trabalhador qualquer manifestação criativa ou de participação.


A implantação do Taylorismo fez grande sucesso na Linha de Produção Ford. Um fato curioso é que em 1908 as unidades dos carros produzidos por Ford custavam US$ 850,00. Entre 1915 e 1924, quando foi produzido o Modelo T de número 10.000.000, a unidade era oferecida por US$ 490,00. Enfim, em 1927, o ultimo Modelo T produzido tinha o preço de US$ 260,00.

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O interessante disso é que as propostas de Taylor ligavam-se à necessidade de aperfeiçoar a Execução de um Planejamento Estratégico. Com isto, as atividades deveriam ser bem planejadas a fim de que tudo fosse realizado com eficácia e rapidez. Aqui, temos o chamado controle de movimentos e de tempos.


Contudo, o Taylorismo trouxe resultados, pelo claro respeito à hierarquia e à disciplina, tanto que este binômio predominou na grande indústria capitalista do século XX e, se observarmos, é um modelo que, mesmo com tanta inovação tecnológica por aí, ainda funciona em algumas organizações. Porém, a crise deste modelo ocorreu, em parte, pela ascendente resistência dos trabalhadores que reivindicavam autonomia e aplicação da criatividade, contra o trabalho monótono e superfraguimentado.

*Beto Mansur é advogado pela UEM–PR, tem Qualificação Empretec pela ONU/Sebrae; autor da obra Tomada de Decisão: Planejamento Estratégico e Financeiro; Professor de Planejamento Estratégico em cursos e MBA, da Universidade de Cascavel – PR; do Instituto Dimensão de Maringá – PR; do Instituto de Ensino Superior de Londrina – PR; colunista da Folha de Londrina pelo site www.bonde.com.br/mundocorporativo; e da Revista da Cidade, de Arapongas – PR; gestor do site www.livrariamansur.com.br; Especialista em Empreendedorismo pela UNOPAR; professor de Sociologia em Cursos Pré-vestibulares e palestrante de Empreendedorismo.


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