Alguns indivíduos são muito influentes. Conseguem magnetizar todos aqueles que estão ao seu redor por agirem com sutileza, criatividade e ainda conservarem uma grande disposição para escutar os pontos de vista de quem os percebia como adversários até minutos atrás e acaba de
ser convencido do contrário.
No tocante ao mundo corporativo, é incomum que um profissional inicie a sua carreira impactando a tudo e a todos logo de cara. Até ser levado a sério dentro e fora da empresa na qual atua, geralmente são necessários alguns anos de trabalho duro.
Além disso, existem diferentes níveis de exercício da influência. Algumas pessoas conseguem êxito em todos eles e acabam se tornando seres humanos que, literalmente, transformam o mundo, enquanto que outras são prestigiadas numa dimensão menor. Vamos entender cada um dos níveis:
1º) Influenciar a si mesmo. Se você consegue manter o controle emocional quando está sob pressão, é disciplinado e não desiste fácil das coisas, então certamente é alguém com autodomínio e já alcançou uma importante vitória pessoal: não costuma se boicotar. Todos conhecemos pessoas que não são levadas a sério por ninguém pelo simples motivo de que suas ações ou caráter não valem a pena ser seguidos.
2º) Influenciar o outro. A partir do momento em que a maior parte das pessoas o reconhece como um indivíduo realizador e confiável, é natural que você passe a servir de inspiração para quem ainda não consegue chegar muito longe, por exemplo. Quem recebe pedidos de aconselhamento por parte de terceiros e obtém o apoio das pessoas ao abordá-las individualmente, exerce este tipo de influência.
3º) Influenciar um grupo de pessoas. Quando você se coloca à frente de uma equipe de trabalho precisa exercitar sua capacidade de impacto numa dimensão muito superior, afinal qualquer tipo de insatisfação pode ganhar uma proporção enorme de uma hora para outra se não for administrada corretamente. Ou seja, você deve dar uma causa às pessoas. A partir do momento em que elas não têm algo valioso pelo que lutar coletivamente, o "cada um por si" impera e sua influência passa a ser quase nula.
4º) Influenciar uma empresa. Profissionais que dirigem uma companhia são obrigados a tomarem decisões que afetam o futuro da organização – para o bem ou para o mal. Por consequência, o impacto nesse nível é diretamente proporcional ao domínio que se tem sobre o negócio da empresa e à habilidade de vencer as resistências daqueles que podem dar apoio decisivo durante os processos de mudança em curso ou obstruí-los.
5º) Influenciar o mercado. Algumas pessoas constroem uma carreira de tamanho sucesso que seu prestígio supera as fronteiras da empresa em que trabalha. São elas que muitas vezes causam as grandes rupturas no mercado em que atuam, criam novas oportunidades onde não havia nada até pouco tempo atrás, indicam tendências e algumas vezes são aclamadas pela imprensa. O problema é que neste rol estão incluídos empresários admiráveis, como Bill Gates, e outros nem tanto, como Eike Batista.
Uma coisa é certa: não existe influência sem exposição. Se você costuma não correr riscos, evita manifestar suas opiniões quando o assunto é controverso e não aprecia ver seu nome envolvido em polêmicas, dificilmente chama a atenção para aquilo que diz. Escolhe ser influenciado.
As pessoas que exercem grande influência em sua área de atuação não são aquelas que simplesmente papagaiam o que foi dito por outros pensadores tempos atrás. Elas podem ser controversas e causar repulsa num primeiro momento, mas jamais passam despercebidas. São o tipo de gente que desacomoda e leva todo mundo a refletir a respeito das suas próprias convicções.
Com o advento das mídias digitais nos últimos anos, chama atenção o fato de que certas pessoas – inclusive adolescentes – passaram a influenciar milhões de seguidores em tempo recorde porque elas simplesmente têm o que dizer e esse mundaréu de gente se interessa por escutá-las. Adquiriram um novo tipo de poder informal e impactante com os quais empresas e governos ainda não sabem como lidar. Edward Snowden que o diga.
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