Existe aquela velha história da empresa que promove alguém a um cargo de liderança e depois de algum tempo lamenta: "Perdemos o melhor técnico e ganhamos um péssimo gestor". O que pouca gente avalia são os porquês deste insucesso e o fato de que o trabalhador em questão também foi convidado a romper com uma carreira e aderir a outra. E, provavelmente, sem saber disto.
Existem três diferentes opções de carreira para quem trabalha em empresas: a operacional, a profissional e a gerencial. A primeira delas é aquela escolhida por quem se capacita a desempenhar atividades-fim de produção para uma dada companhia ou mercado. Exemplo do operador de máquinas de uma gráfica que trabalha há dez anos no negócio e cumpre bem as tarefas. Caso ele perca o emprego terá de procurar outra empresa do setor que opere máquinas parecidas, senão iguais.
Isto porque o trabalho que desenvolve geralmente é rotineiro e não requer um grande esforço intelectual de quem o realiza. Consequentemente, a possibilidade de ascensão a cargos superiores é baixa e a remuneração também acaba limitada à média daquilo que o mercado paga. A boa notícia é que os trabalhadores que detêm boa formação – via cursos técnicos – dificilmente ficam desempregados.
A segundo alternativa é investir na carreira profissional, aquela em que o trabalhador desempenha funções relacionadas a áreas ou processos-meio da companhia e que exigem uma formação superior específica, como ocorre com quem trabalha no departamento financeiro, recursos humanos, planejamento de produção e marketing.
Ou seja, aqueles que optam pelo eixo profissional não ficam presos a uma organização ou segmento específico de mercado, visto que contadores, advogados, administradores e engenheiros, por exemplo, cumprem atribuições comuns a boa parte das empresas. Só que precisam aprender constantemente ou passam a ser vistos como obsoletos.
Por fim, é possível seguir uma carreira gerencial. Dentre as três é aquela que melhor remunera e por isto acaba atraindo a atenção de muita gente; todavia além da baixa estabilidade, requer competências e habilidades mais difíceis de serem adquiridas, como a capacidade de abstração, visão sistêmica e liderança.
É por isto que várias empresas têm programas trainee em curso. Elas recrutam no mercado jovens com um consistente histórico acadêmico, reconhecido alto potencial e ávidos por ascensão meteórica na estrutura organizacional e os recompensam com cargos gerenciais se derem conta do recado durante o estágio probatório.
Como já deu para perceber, as três carreiras apresentadas são muito diferentes entre si e o quanto antes você optar com maturidade por uma delas, mais fácil será preparar-se para extrair aquilo que a mesma oferece de melhor. O que não dá para fazer é ficar dividido entre duas diferentes carreiras ou mudar de rumos a toda hora, como é comum aos desavisados de plantão.
Mas, ao mesmo tempo, não tenha medo de promover uma ruptura caso perceba que seu potencial é pouco aproveitado no tipo de trabalho que faz hoje em dia ou houver vontade de sobra dentro de si para realizações grandiosas. É melhor pagar o preço agora do que lamentar depois...
Nesta situação, como há uma clara hierarquia do mercado no tocante a cada um dos eixos – e creio que você não quer dar passos para trás –, se a sua carreira é tipicamente operacional, o primeiro passo é obter uma formação superior. Para quem se enquadra na categoria profissional é indicado aprender tudo sobre gestão e se você tem uma carreira gerencial consolidada e ainda pensa em fazer algo novo, desenvolva seu potencial empreendedor para tocar o próprio negócio mais adiante.
Só uma dica: seja paciente! Se a transição fosse tranquila e rápida o assunto não teria tamanha relevância e impacto na vida de qualquer um de nós.
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