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TRABALHO DE EXCELÊNCIA - Banco de Leite do HU completa 30 anos amparando mães e bebês

18 nov 2018 às 19:17

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A técnica de enfermagem Ritinha Melo atende Josiane Pereira: "As mães precisam de ajuda, de conhecimento, por isso que temos esse atendimento domicil - Saulo Ohara
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Reportagem acompanhou o trabalho do BLH por alguns dias, desde o atendimento domiciliar até o momento dos bebês receberem o alimento em uma unidade neonatal

Acolher mulheres com dificuldade para amamentar e fazer uma busca diária por doações de leite materno para suprir a necessidade de bebês prematuros de todas as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) Neonatais de Londrina e Cornélio Procópio (Norte). Para o Banco de Leite Humano do HU (Hospital Universitário) de Londrina, fundado em 4 de novembro de 1988, chegar a três décadas realizando esse trabalho com excelência, a ponto de se tornar uma referência até fora do País, não foi e ainda não é uma tarefa fácil. Pois a atuação também inclui um controle de qualidade de todo o leite doado, antes dele ser distribuído aos hospitais, e a capacitação de profissionais de saúde em todo o Estado.
A reportagem acompanhou o trabalho do BLH por alguns dias, desde o atendimento domiciliar até o momento dos bebês receberem o alimento em uma unidade neonatal. E a constatação é de que essa corrente de solidariedade só funciona quando há um esforço mútuo. A coordenadora do Banco de Leite Humano do HU há 20 anos, Márcia Maria Benevenuto de Oliveira, explica que do primeiro atendimento à mãe doadora até a chegada do leite para o bebê nos hospitais são aproximadamente 15 dias.
"O Banco precisa sempre ter um estoque suficiente para esse prazo para não termos que, em algum momento, decidir quem deixará de tomar o leite humano. Essa é uma angústia que surge especialmente no fim de ano", observa.

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Uma manhã
inteira de visitas
São 8h15 e uma equipe do Banco de Leite Humano do HU de Londrina já está pronta para mais um dia em busca de doações. Na planilha da técnica de enfermagem Ritinha de Cássia Antônio Melo, é a vez de atender as regiões oeste e central, além de Cambé (Região Metropolitana de Londrina). Por dia, ela chega a visitar até 20 mulheres em casa. A primeira a receber a equipe é Alana Seleri Rodrigues, mãe da Alice, nascida em 9 de outubro. "No hospital estava tudo bem, mas quando vim para casa comecei a ter muitas dores no peito e calafrios. A sensação é de que os seios estavam empedrados", comenta.
Melo explica que esses são sintomas da apojadura (preparo da mama para o aleitamento) que ocorrem normalmente nos primeiros dias após o parto. Diante da necessidade de ajuda, Rodrigues ficou sabendo por amigos e familiares sobre o trabalho do BLH. Ela foi instruída sobre o preparo da mama e aprendeu a fazer a extração manual do leite seguindo os padrões de higiene. Em duas semanas, passou a ser doadora e a cada visita semanal da equipe chega a doar cerca de dois litros.

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A corrida
pelo colostro
Do outro lado da cidade, a mesma equipe do Banco de Leite Humano do HU de Londrina foi recebida por Josiane Ferreira da Costa Alves Pereira. Seu terceiro filho Yan nasceu no dia 21 de outubro e, como nas outras gestações, teve muita dificuldade no início da amamentação. "Lembro de chegar na casa da Josiane, logo depois dela ganhar o segundo bebê, e encontrá-la chorando de dor e insegurança. Ela estava com o peito muito machucado. A gente conversou bastante, dei toda a orientação possível e só saí de lá quando senti que ela realmente estava mais segura e aliviada", conta. "As mães precisam de ajuda, de conhecimento, e é muito difícil para elas irem até o hospital. Por isso que temos esse atendimento domiciliar. É acolhimento", explica.
Dessa vez, Pereira também precisou de ajuda para restaurar a mama e poder doar o leite excedente para o banco (cerca de 25% das mulheres que amamentam têm uma produção acima do que o bebê precisa). Considerando a média de nascimentos de sete mil bebês em Londrina a cada ano, são quase duas mil mulheres na cidade com este perfil.

Controle de qualidade todos os dias
Em 1985, descobriu-se que o leite cru poderia transmitir o vírus HIV aos bebês e, por conta disso, todos os bancos tiveram que pensar e validar uma maneira de aproveitar o leite sem comprometer a saúde da criança. Desde então, é preciso pasteurizar o leite para manter a qualidade higiênico-sanitária e preservar ao máximo os nutrientes. Esse é o trabalho realizado todas as manhãs no BHL do HU. (Micaela Orikasa/Grupo FOLHA)


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