Pelo terceiro ano consecutivo, o Londrina bateu novamente na trave na busca pelo sonhado acesso à elite do futebol nacional. A derrota por 2 a 1 para o CRB diante de um estádio do Café lotado, na sexta-feira (16), somado ao complemento da 37ª rodada, enterrou qualquer chance que o Alviceleste poderia ter para entrar no G4. O revés ainda colocou fim a uma sequência de oito vitórias consecutivas em casa e a uma invencibilidade de 11 duelos.
O LEC caiu duas posições e agora figura na oitava colocação, com 55 pontos. A Ponte Preta, última equipe da zona de classificação para a Série A, soma 59. No sábado (24), o Tubarão enfrentará o Guarani, às 17h, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, e buscará terminar a segunda divisão em uma posição melhor. Na Série B de 2016, a primeira desde seu retorno para a competição, o clube ficou em sexto, com 60 pontos, e em 2017 em quinto, com 62. O máximo que pode conquistar neste ano são 58 pontos e um sexto lugar, mas dependendo dos adversários.
Mesmo sem o segundo objetivo alcançado dentro do campeonato, o técnico Roberto Fonseca valorizou o crescimento do Londrina e o desempenho de seus comandados. A primeira meta, desde sua chegada, em agosto, era tirar o time do rebaixamento. "Todo mundo viu que a tentativa foi feita. Ninguém pode dizer que o Londrina não tentou, não trabalhou, suou ou dedicou. O trabalho foi grande. Sentimos o gosto, chegamos num primeiro turno em baixa, mas terminamos no segundo sentindo o sabor que poderia ter chegado mais", analisou.
Campanhas
O Tubarão teve campanha pífia no primeiro turno, quando terminou a 19ª rodada na zona de rebaixamento, na 17ª posição. Foram apenas 21 pontos em 19 confrontos, aproveitamento de 36%. Já no returno, mesmo com a derrota do fim de semana, ostenta a melhor campanha, com 34 pontos conquistados em 18 partidas. O aproveitamento é de 66%. "Não poderíamos errar, seja contra o Oeste, contra o CRB, não poderia ter errado contra o Vila Nova. Infelizmente, juntando as campanhas no geral, faltou e não poderíamos falhar. Precisaríamos fazer o segundo turno, talvez, mais perfeito da história da Série B", reconheceu.
Decepção e agradecimento
Nas redes sociais, o gestor do clube, Sérgio Malucelli, se manifestou agradecendo ao apoio dos quase 25 mil torcedores que foram ao Café, na sexta. Ele falou em frustração com o sonho do acesso adiado. "O time nos deu esperanças com os últimos resultados e apresentações bonitas. Convocamos o torcedor, ele veio e deu show. Infelizmente, este mesmo time que nos deu esperanças, neste momento, acabou com o nosso sonho. Coisas do futebol que não têm explicação. Me sinto frustrado, desanimado, decepcionado, mas quero parabenizar o torcedor. Mostrou que nossa torcida é grande, mas precisamos sempre, não só no final", postou.
No duelo com o CRB, o único gol azul e branco foi de Dagoberto, ainda na etapa inicial, de pênalti. Os gols sofridos pelo Alviceleste foram marcados por Willians Santana na início do primeiro tempo e na metade do segundo. O LEC teve dificuldades na criação e ataque e quando levou perigo parou no goleiro João Carlos ou no travessão. O zagueiro Dirceu e o atacante Paulinho Moccelin acusaram lesão e precisaram ser substituídos. "Eles foram felizes nas escolhas deles e a sorte não estava conosco. O gol foi muito cedo e a saída do Dirceu complicou nossas trocas, que poderíamos ter terminado, quem sabe, o segundo tempo com mais força", elencou Fonseca. (Pedro Marconi/Grupo FOLHA)