Notícias

Rua da zona norte sofre com estragos após chuva

09 jan 2019 às 19:57

O ditado "nada é tão ruim que não possa piorar" é o melhor exemplo para a rua Sidrak Silva Filho, no conjunto Santiago II, na zona norte. A chuvarada do último sábado (5) deixou maior uma cratera que faz divisa com a rua Paulo Izaias Ribeiro e Antonio Vicente da Silva. Isso sem contar o esgoto a céu aberto que deixa um mau cheiro que ninguém merece.


A quantidade de pedras que brotaram no final da rua tornaram a passagem de carros impossível. "Todo esse estrago aí foi das últimas chuvas. Uma vez até caiu uma Kombi aí nesse buraco. Já o esgoto está aberto desde o Natal", contou o torneiro mecânico Edson Thomé, morador da última casa.
Como a rua é bastante inclinada, quando São Pedro abre a porteira do céu, a água vem com uma força que vira um Deus nos acuda. "Se chover, ninguém consegue entrar e nem sair", completa Thomé, apontando para a casa de cima. Sua vizinha, a dona de casa Roseli Silva, alertou que a situação é bem pior do que imaginava. "Caminhão de lixo já não consegue mais passar por aqui, nem do reciclado, que não vem há oito meses. O carteiro tem dificuldade também".


Segundo Roseli, a rua já recebeu 11 manutenções, mas o problema da erosão sempre volta. "O último conserto foi em agosto de 2018. E demorou oito meses. Naquela chuva de outubro, abriu um pequeno buraco, depois foi só aumentando, até chegar como está agora. Se você visse o ‘regaço’ que fez, não acreditaria", desafiou a moradora à reportagem. Roseli, ainda por cima, disse que sugeriu que nos recapes do asfalto, deixasse a queda d’água para o outro lado da rua, em um terreno vazio. "Pedi uma camada mais grossa de asfalto também, porque do jeito que fizeram ‘fininho’, deu no que deu. Mas como não sou engenheira, ninguém me escutou", ironizou.


No dia em que a reportagem visitou o local, a Sanepar já fazia os primeiros reparos. Um funcionário que não quis se identificar analisava o fluxo de esgoto que saía por um dos canos, o causador da catinga. "Como houve a erosão, muitas pedras de tamanho considerável acabaram entupindo o bueiro. A nossa parte é desentupir e o resto é com a Prefeitura", resumiu. (Edson Neves/NOSSODIA).



Na esquina das ruas Rezek Anderi e Carlos Pavan outro buraco está se formando


Carrinho e mochila como sinalização
Logo acima, no cruzamento entre as ruas Rezek Anderi e Carlos Pavan, uma moradora teve uma ideia para alertar os motoristas sobre os buracos que abriram na área. Em uma cratera, foi colocado um carrinho infantil, junto com um pedaço de madeira. Em outro, uma mochila escolar. "Foi minha mãe Eliane que colocou. Tinha carro passando direto e chegou até a quebrar para-choques", relembrou Nilson Tavares Dias, seu filho. Os restos ficaram espalhados na rua. "Já havia alguns buracos, mas com a chuva piorou. Pra sinalizar, teve que ser feito alguma coisa". (E.N)


Diz aí, secretário
A reportagem falou com o secretário de Obras, João Verçosa. "O problema ocorre justamente pelo sistema de drenagem, que foi dimensionado de uma forma que não está atendendo ao grande volume das chuvas. Outra coisa é a impermeabilização exagerada nas moradias, que faz com que a água que deveria correr pela galeria vá pela superfície, causando consequências que vão desde o estrago do asfalto, infiltrando a água, comprometendo as galerias, e causando os afundamentos", disse.

Verçosa completou dizendo que a Secretaria tem feito o possível para resolver os problemas. "As vezes não conseguimos atender na rapidez que a gente queria, devido aos muitos locais registrados. Isso só vai ser corrigido quando for reformado o sistema das galerias, trocando para tubulações que aguentem uma maior vazão da água. É um custo que precisa de planejamento e orçamento especial. Tentamos sempre fazer reparos definitivos e não ‘meia-boca’, mas está numa situação que pode vir acontecer novamente", admitiu. A pedido do secretário, o NOSSODIA enviou fotos e vídeos do local para ser repassado à equipe de fiscalização. (E.N.)


Continue lendo