Sem luz desde 17 de outubro, quando uma tempestade provocou estragos por toda a cidade, o bosque Marechal Cândido Rondon, localizado no centro de Londrina, recebe atenção especial da Sercomtel Iluminação uma vez que, além dos fenômenos da natureza, os furtos frequentes também assombram o local. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, os números dão conta dos motivos que fazem o ponto turístico ficar no breu constantemente: "Em maio de 2018, além do quadro de energia, que foi profundamente danificado com o arrombamento dos sete cadeados que o protegiam, 30 metros de cabos de 25 mm foram furtados. Em abril, foram furtados cerca de 70 metros de cabos aéreos de 75 mm. E em março, foram 100 metros de cabos na ação, o que afetou 70 pontos de iluminação", destacou em nota.
Diante das consequências, algumas medidas foram tomadas com vistas a recuperar a iluminação. "Os técnicos protegeram com concreto as caixas de passagem que podem ser abertas e os padrões de iluminação foram lacrados com trancas e suspensos para dificultar o alcance. A equipe estuda a colocação de arame para proteger os postes, caso as providências tomadas não sejam suficientes para coibir novos episódios de furtos no local, detalhou a assessoria de imprensa que também acredita que a partir de 15 de novembro toda a iluminação do bosque seja restabelecida.
Em maio desse ano, voluntários do Rotary Club doaram orquídeas para o bosque e a área verde recebeu também uma benção, como gesto de apoio da Catedral Metropolitana de Londrina. A parceria contou ainda com o Tiro de Guerra e a Universidade Estadual de Londrina. Vigário Geral da Catedral e assessor de comunicação, Dirceu Junior dos Reis considera que a escuridão e a insegurança afetam a todos. "Acreditamos em uma mudança completa e de cultura de paz que envolva toda a comunidade e o poder público - e não nos excluímos disso. Temos feito uma profunda e honesta reflexão sobre o bosque e a praça da Bandeira, dois grandes pulmões que não merecem ser mais maltratados e ignorados", expôs. Reis aposta no diálogo nessa empreitada: "Reabrir o diálogo sobre as pombas é estar consciente de que essa é uma questão de saúde pública. Não bastam ações paliativas, pois o bosque e a praça são locais de partilha, de passagem e de lazer. Queremos levar um presépio nesse Natal para o bosque, mas é preciso uma restauração. A iluminação não é suficiente e nem eficiente, as calçadas inacessíveis e estão dispostos a contribuir para os reparos desse patrimônio natural", ratificou. (Walkiria Vieira/NOSSODIA)