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Problema que não acaba

07 nov 2018 às 22:11
Uma parceria entre a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização ) e o setor de Endemias da Secretaria de Saúde tem o objetivo de conscientizar os moradores de Londrina sobre a importância do descarte correto de lixo reciclável e, consequentemente, prevenir o surgimento de casos de dengue. O trabalho começou na terça-feira (6), quando agentes de Endemias passaram pelas casas de bairros da zona sul distribuindo panfletos comunicando sobre a mudança do dia da coleta dos recicláveis - a partir do dia 23 o serviço muda de terça para sexta-feira nos jardins São Marcos, Jatobá, Perobal, Parque das Indústrias e Itapoã (zona sul). A iniciativa deve durar duas semanas e percorrerá 2.135 domicílios na região. Os agentes aproveitam a visita para informar sobre o descarte correto.
O aumento do descarte inadequado e a coleta irregular de lixo reciclável estão vinculados ao aumento do índice de infestação predial de criadouros do mosquito Aedes aegypti. O último Liraa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) realizado pela prefeitura, em outubro, mostrou que Londrina está com índice de 5,4%, o que coloca a cidade em situação de risco de epidemia da dengue.
Segundo a diretora de vigilância em saúde, Sônia Fernandes, a maior parte dos criadouros foi encontrada em lixos acumulados e em objetos como vasos de plantas. "Grande parte deles estava em resíduos encontrados no fundo do quintal e em fundos de vales. Mas a gente tem que salientar que o material vai parar nos fundos de vale porque alguém não está dando destino adequado a esses materiais", apontou. Ela ressaltou que a coleta seletiva deve ser realizada exclusivamente pela cooperativa que atua no bairro. "Os recicladores individuais abrem os sacos de lixo e deixam a sujeira. A comunidade é orientada a só colocar o material reciclado nos dias em que passa a cooperativa", destacou. Ela ressaltou que a região em que houve a alteração da coleta apresenta índice de infestação de 4,21%. "Isso coloca aqueles bairros como área de risco aumentado pela situação encontrada."
Segundo o coordenador da coleta seletiva da CMTU, Reginaldo Sampaio, essa mudança na região estava prevista desde o começo do ano, mas por falta de funcionários ainda não tinha sido colocada em prática. (Vítor Ogawa/Grupo Folha)

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