Em uma tarde chuvosa de sexta-feira (23), a linha de ônibus 103, jardim Santa Fé – via Monte Cristo, desce a rua José Querino Teodoro, retorna pela rua Isaac Leão Levy e depois sobe na rua da Gabiroba, como de costume. No entanto, moradores do jardim Monte Cristo relataram ao NOSSODIA que nem sempre isso acontece. E a conta, claro, fica para a população, que necessita do transporte coletivo para se deslocar.
Segundo eles, fora do itinerário o busão faz duas rotas alternativas: a primeira, subindo a Isaac Leão Levy e virando antes do previsto, na rua do Guaraná, deixando um ponto de ônibus para trás. "Já teve gente que ficou esperando e acabou ficando de lado, porque simplesmente o ônibus virou antes", contou Waltin Martins de Souza, presidente da associação do bairro. A segunda rota corta mais caminho ainda: da rua José Querino Teodoro direto para a rua do Guaraná, sem passar por dois pontos de ônibus.
Ao NOSSODIA, Souza tentou explicar os motivos para que o busão dê essa escapadinha da rota. "Além da buraqueira, as ruas são estreitas e se tem carros parados nos dois lados, fica impossível passar, aí vira na rua que dá", observou. "O problema é que esses carros são de tudo os ‘noiado’ do bairro. Quem vai encarar eles?", lamentou outro morador do bairro, que pediu para não ser identificado.
Em um buraco no cruzamento da Isaac Levy com a rua da Gabiroba, a população arrumou um jeito "diferente" para indicar que por lá existe um buraco. Ao invés de colocar os famosos cabos de vassoura, por exemplo, simplesmente foi plantado uma bananeira, que já vem ganhando forma com as suas grandes folhas, mesmo na rota do busão.

Fala, CMTU
Em resposta à reportagem, a CMTU afirmou que "tem conhecimento do problema relatado pelos moradores" e que "fiscais da Diretoria de Transporte irão até o local para ver o que pode ser feito para que o trajeto da linha 103 seja realizada integralmente todos os dias". A nota também informou que não descarta uma "mudança no itinerário" e que "é possível que seja feito um projeto de trânsito para proibir o estacionamento em uma das vias", complementou. A reportagem também procurou a Secretaria de Obras, para que tivesse resposta sobre o asfalto, mas não conseguiu contato até o fechamento desta edição. (E.N.)