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Virou mocó

Palco de várias disputas, Palácio do futsal está abandonado

Edson Neves/NOSSODIA
09 jan 2019 às 20:02
- Fotos: Edson Neves
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Moradores relatam pouco uso do local, que tem aparência de abandono; administração não comenta sobre estrutura precária; Prefeitura consegue vitória prévia na Justiça e quer retomar o prédio

A sujeira esparramada aparece de tudo quanto é jeito: em forma de garrafas, copos descartáveis, maços de cigarro, pedaços de papelão, até em roupas, chinelos e camisinhas. A pichação ajuda a tornar o histórico prédio do Palácio do Futsal, na Vila Brasil, que já foi palco de incontáveis duelos no futebol de salão, um cenário de abandono.

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Com a pulga atrás da orelha, o NOSSODIA ouviu alguns moradores para entender o que se passa por ali. O problema é que até mesmo quem mora no entorno não sabe o que está acontecendo. "Já foi bastante frequentado. Hoje é muito difícil ter jogo. Não tem iluminação e os moradores de rua se abrigam aqui", disse a aposentada Sonia Maria da Silva Barros, que mora há 68 anos no bairro e em uma casa ao lado do ginásio, na rua Colômbia. "No tempo do Edmilson era muito usado, ele cuidava direitinho. Hoje nem sei mais quem toma conta disso", lamentou a moradora, lembrando do antigo dono do Palácio, Edmilson Estigarribia, falecido em 2014.

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"Parece uma coisa em vão. Com esse espaço, merecia construir um prédio", criticou Hélio Safra, também morador de longa data da Vila Brasil. "Alugam aí, mas é bem de vez em quando. Atividades uma, duas vezes por semana. Não tem iluminação, já vi roubarem celular de gente. Antes o Edmilson ficava aqui o dia inteiro e cuidava de tudo".

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O garçom Pedro Henrique Silva de Souza comentou que antigamente a quadra era alugada de "segunda a domingo". "Hoje, todo domingo tem jogo dos adultos. Terça e quinta é dia da escolinha. Mas antes usavam bem mais. Talvez pelo preço da quadra, que subiu, o pessoal tenha desistido de jogar aqui, porque enche de mendigo e podem ter ficado com medo de serem assaltados", procurou explicar.


"Não temos registro de ocorrências envolvendo roubos naquele local", respondeu o secretário de Defesa Social, Evaristo Kuceki. O local também, segundo ele, não está nos 55 pontos selecionados pela Guarda Municipal como os mais críticos e que vão receber monitoramento através de câmeras.
A reportagem tentou contato com quem administra o prédio, que é a Liga Londrinense de Futebol de Salão. Ao NOSSODIA, o professor Diogo Bembem respondeu ser apenas o responsável pela sua escolinha, em atividade há quase 20 anos, e que não estava autorizado a dar informações relacionadas à manutenção e estrutura do prédio, e que passaria a demanda ao presidente da Liga, Valmir Moro, que não retornou o contato do NOSSODIA até o fechamento da edição. (Edson Neves/NOSSODIA)


O lixo está espalhado pelo entorno do Palácio do Futsal
O lixo está espalhado pelo entorno do Palácio do Futsal


Vitória na Justiça
Uma ação ordinária que se arrasta desde 2016 na 2ª Vara da Fazenda Pública, a Prefeitura de Londrina quer o prédio do Palácio de Futsal de volta. O imóvel foi doado à Liga em 1979. Em geral, o Município alega que o local está subutilizado e que realiza poucas ações de prática esportiva. Em decisão do dia 14 de novembro, a Juíza Substituta de Direito, Bruna Greggio, indica que "não basta a doação pelo ente público, mas é necessário que este bem mantenha-se como utilizado para fins de interesse público […] e deixar de haver essa utilização, o bem volta para o patrimônio do doador" que, no caso, é a Prefeitura.

No final do documento, a juíza abre parecer favorável à Prefeitura. "[…] considerando que, atualmente, o bem doado ao réu não cumpre sua finalidade pública, cabe reversão da propriedade ao município de Londrina". A assessoria da Prefeitura respondeu que não se pronuncia sobre decisões antes do trânsito em julgado, que é a etapa onde não se cabe mais recursos (E.N).


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