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Pagando para trabalhar - CONSERTO DE MOTOCAS DA GM são PAGAS PELOS PRÓPRIOS AGENTES

Edson Neves
NOSSODIA
20 dez 2018 às 10:11
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Acreditem se quiser, mas quem paga as manutenções nas motocicletas da Guarda Municipal são os próprios agentes. A situação foi confirmada pelo secretário de Defesa Social, Evaristo Kuceki. Ao NOSSODIA, Kuceki disse que tomou conhecimento do fato recentemente.
"Infelizmente é uma coisa que fiquei sabendo agora. A gente autoriza, mas precisa ter certo cuidado, senão vai acabar comprometendo o salário deles", justificou o secretário, dizendo que não considera normal as manutenções saírem do bolso dos agentes, mas sem apontar uma solução para a situação.
"Eles, por voluntariado, se propuseram a deixar as motos prontas para fazer o seu patrulhamento. Também não é uma coisa tão cara. Acredito que uma média de R$ 40 a R$ 60, como uma troca de óleo, por exemplo", completou. Segundo ele, da frota total de 31 motos, 26 estão rodando e cinco estão paradas. "Essas cinco são das que precisam de manutenções mais pesadas. Realmente não é o certo, mas o pessoal é voluntarioso e tem o cuidado com a moto que usam no patrulhamento".
Sobre a falta de um contrato de manutenção, o secretário não soube explicar o motivo de nenhum contrato estar em vigor. "Sei que estavam com problemas com a oficina que fazia as manutenções, até mesmo na manutenção dos veículos, que ficariam parados aguardando manutenção. Pensei que no caso das motos também estariam nesta situação", revelou.
O secretário de Defesa Social também admitiu que não estava muito a par da situação. "Eu realmente, nessa parte, acabei não me preocupando devido à outros casos de maior urgência, e deixei de me inteirar melhor nisso". Para tentar amenizar a situação, Kuceki contou que ele mesmo já gastou com veículos da Guarda. "Um carro que ganhamos da Receita Federal precisava trocar o molho de chaves e sairia muito caro para o Município, então ajudei a pagar uma parte".
Uma oficina na avenida Celso Garcia Cid seria um dos locais que receberam as motocas da Guarda. O NOSSODIA falou com o dono do local, Elias de Oliveira Silva, que não soube precisar quantas delas já passaram pelas mãos dos mecânicos. "Como não há um contrato, então não temos o controle de quantas já receberam manutenções". O valor, de acordo com Silva, varia de R$ 20 a R$ 200. "Passa por troca de pastilhas, óleo, injeção, rolamentos e pneus, consertos simples de desgastes do dia a dia dos guardas", afirmou.

Novo contrato
O secretário de Gestão Pública, Fábio Cavazotti, falou que o contrato foi encerrado em março de 2017 e que o Município procurou alternativas para a nova licitação. "Era um modelo proposto por um grupo de servidores, que previa a contratação de uma empresa gerenciadora, e não mais contratando diretamente com a oficina. O Governo do Estado e a Copel usavam esse modelo", explicou. A Prefeitura tentou por três vezes licitar, mas ninguém se interessou. "Decidimos então voltar ao modelo antigo, mas com novidades na parte de fiscalização", completou.
Dividia em 11 lotes, Cavazotti afirma que a nova licitação está dividida por tipos de veículos e que atendeu à prioridades. "Vale lembrar que o Município não registrou reclamações de motos paradas. Nós priorizamos os lotes de ambulâncias, funerárias, as próprias viaturas da Guarda e de maquinários das secretarias de Obras e Agricultura, por exemplo, que eram as mais problemáticas", justificou. "Agora estamos licitando das motocicletas, junto com outros dois lotes que deram deserto. Foi feito o termo de referência, estamos formando o preço do lote e até o início do ano que vem a licitação estará aberta", finalizou. (E.N.)

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