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OPORTUNIDADE - CHANCE, SONHO E INCLUSÃO

28 nov 2018 às 19:32

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Aproximadamente 450 crianças e adolescentes participaram do evento -
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Cerca de 450 crianças de 18 escolas participaram na tarde de quarta-feira (28) da segunda etapa do GP Caixa de Atletismo de 2018, realizado na pista de atletismo da UEL (Universidade Estadual de Londrina). Além de Londrina, estiveram presentes alunos de outras seis cidades: Jacarezinho, Assaí, Grandes Rios, Arapongas, Cambé e Cornélio Procópio. Os competidores se dividiram nas categorias sub-14 e sub-16 e realizaram provas de corrida, arremesso de peso, salto em distância e corrida de resistência.
De Assaí (45km de Londrina), Lucas Hiroaki viaja toda quarta-feira para treinar em solo pé-vermelho. Antes atleta de futebol, o menino de 13 anos abandonou o gramado e as quatro linhas para se aventurar entre as raias. "Minha mãe queria que não ficasse sem fazer nada e aí peguei gosto pelo atletismo. Quando participei do meu primeiro GP, gostaram de mim e me convidaram para treinar aqui. Agora, espero federar por Londrina para começar a competir fora do Estado", contou. O treinador de Lucas, Nathan Miller da Costa, vê potencial no garoto de 13 anos. "Pela sua cultura, gosta de competir e isso é importante para o crescimento no esporte em todos os níveis", completou.
Entre a multidão de pequenos atletas, também estava Jean da Silva, de 14 anos. Estudante do colégio Cássio Leite Machado, no jardim Santa Rita (zona oeste), ele competia os 60 metros rasos descalço. "Eu escorrego com o tênis que eu tenho. E também o tênis me incomoda. Na primeira vez já competi assim. Mas hoje está muito quente e os meus pés estão ardendo", confessou o garoto. Para ele, o atletismo é uma forma de lazer e sonho. "Sei que preciso treinar ainda mais se quiser ser um atleta de verdade", revelou.
O evento também reservou surpresas a mais um aluno do Cássio Machado. Com TGD (Transtorno Global de Desenvolvimento), um tipo de autismo, Kaio Vinicius Salustiano competiu no arremesso de peso. "Já gostava antes quando via na TV, agora gosto mais ainda", disse Salustiano, que tem 19 anos e está no 9º ano. "Melhorou muito o desempenho em sala de aula", disse a coordenadora pedagógica Irene Frutuoso. "É uma chance de inclusão, mesmo com o autismo, e um incentivo para se destacar", completou a professora de Educação Física Elvira Macedo.
Aluna do sexto ano do Colégio Benedita Rosa Rezende, na zona leste, Yasmin da Silva de Paula foi terceiro lugar no GP de outubro. Dividindo a energia com o handebol, se fosse para escolher, Yasmin diz preferir as pistas. "Sempre quis fazer (atletismo). É importante treinar para evoluir, mas a gente também não pode deixar os estudos de lado", observou.
Organizador do evento, Gilberto Miranda lamentou que o número de participantes da segunda etapa tenha sido menor, já que no primeiro – no fim de outubro – reuniu 600 crianças. "A primeira etapa deveria ter acontecido em maio, mas devido à greve transferimos para o segundo semestre. O calendário ficou apertado e com isso muitos não puderam vir", justificou. No entanto, o treinador da equipe Londrina/Caixa/IPEC valorizou os objetivos do evento. "Trazer a modalidade a quem não conhece, estimular a competição e ampliar a visão de mundo para eles, criando uma nova perspectiva de vida", finalizou Miranda. (Edson Neves/NOSSODIA)


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