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OPERAÇÃO INTEGRAÇÃO 2 - 'Mesadas' de propina dos pedágios chegariam a R$ 35 milhões

26 set 2018 às 23:31

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Lava Jato investiga suposta prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculato na administração das rodovias federais no Paraná

O esquema de distribuição de propinas envolvendo todas as concessionárias de rodovias do Paraná, conforme esquema descrito na 55ª fase da Operação Lava Jato, chegaria a R$ 35 milhões até 2016, estimam o Ministério Público Federal e a Receita Federal na segunda fase da Operação Integração. Os repasses teriam sido iniciados após a redução unilateral da tarifa pelo então governador Jaime Lerner, que durou poucos meses, mas deflagrou uma série de aditivos que desobrigaram as concessionárias de obras previstas no contrato de concessão sem reduções na tarifa.
A nova fase da Operação Integração aprofunda as investigações de suposta prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculato em esquema relacionado à administração das rodovias federais no Paraná. Foram expedidos três mandados de prisão preventiva e de prisão temporária – dos quais 15 foram cumpridos, além de 73 mandados de busca e apreensão no Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Em coletiva na sede do MPF (Ministério Público Federal) em Curitiba, o procurador Diogo Castor de Mattos disse que o esquema de pagamentos mensais de vantagens indevidas ocorria em troca de aditivos concedidos com a justificativa de reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos.
O dinheiro das propinas, segundo o auditor chefe do Escritório de Pesquisa e Investigação da Receita Federal no Paraná, Roberto Leonel, viriam da contratação de empresas de laranjas ou de parceiros das concessionárias para execução de serviços a preços superfaturados, justificando a prestação de contas à Agepar (Agência Reguladora do Paraná). "Foram identificadas operações que são relatadas nos autos da investigação criminal em que há excessivo uso de despesas, algumas indedutíveis, e que levaram a uma taxa de retorno de quase o dobro do que foi contratada por uma das concessionárias junto ao Estado do Paraná", diz o auditor.
Ainda de acordo com ele, o fluxo começa com essas despesas que, depois são carreadas a outras empresas ligadas aos beneficiários finais. Outras são usadas para saques em espécie, que são destinados para beneficiários finais. (Luís Fernando Wiltemburg/Grupo Folha)

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