Última crônica do ano e não poderia deixar de pôr no papel aquilo que prezo para o próximo ciclo que se inicia. 2018 se despede deixando marcas indeléveis. Não há regras para viver um 2019 feliz, porque a felicidade é instante que se faz e se esvai feito átimo de pó. Não há regras, mas há caminhos mais propícios ao sorriso que as lágrimas, à alegria que a tristeza. Para mim, o caminho não implica preencher listas do que quero comprar no ano vindouro, mas sim saber dizer adeus ao que não acalma o coração. Diga adeus à mágoa que mancha o azul do céu e nos coloca cegos para ver o que está a um toque de nossas mãos. Diga adeus às pessoas que não nos valorizam, diga adeus às ausências que vêm confirmar o lugar pequeno que muitas pessoas reservam para nós. Diga adeus ao consumo desenfreado que não funciona como recurso para suprir lacunas que só a presença humana é capaz de preencher. Diga adeus à superficialidade que permeia as relações e priorize o amigo que olha nos seus olhos. Diga sim à possibilidade de ser feliz. Diga sim à reconstrução. Diga sim à Deus e à fé. Diga sim à vontade de superar-se. Diga sim à vida e faça valer a pena viver. Feliz ano novo! Um 2019 cheio de sins, pois são eles que promovem em nós a sensação de bem-estar de que necessitamos.