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Nossa crônica

Por Cláudia Bergamini
12 dez 2018 às 20:40

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Faltam pouco mais de quinze dias para o ano findar. Faltam pouco mais de quinze dias para a gente fazer aquela lista com as promessas de uma nova vida, que inclui uns quilos a menos, uma coragem a mais, lágrimas para o lado e sorrisos sempre à frente. Na verdade, a proximidade do ano novo é propícia a propostas de mudanças. E estas, na maioria dos casos, necessárias. Drummond, em um de seus poemas, diz que o sujeito que decidiu cortar o tempo em fatias é genial, porque renovou a esperança! E eu concordo com o poeta e com o tal sujeito também, mas verdade seja dita, ano vem e ano vai, e tantas são as situações e ações que deveriam mudar e não mudam e quantas outras mudam sem que fosse preciso. Nestes tempos em que começamos a fazer o balanço sobre o que devemos ou não mudar em nossa vida no ano vindouro, pensemos na lição do guarda-chuva. As sombrinhas, desde que foram criadas, sabe Deus por quem e quando, ganharam cores, tecidos coloridos, capinha, formas diferentes de abrir, mas não deixaram de ser sombrinhas. Os guarda-chuvas são guarda-chuvas desde que nasceram. Sóbrios, pretos, retos, mas a função do guarda-chuva nunca se alterou. Claro a da sombrinha também não! O guarda-chuva não perdeu sua essência, sua função, manteve-se, tal qual acredito que devemos nos manter. Mudanças de atitudes e ações são bem-vindas, mas não de modo a sufocar aquilo que somos e nos torna únicos.
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