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Nossa crônica

11 nov 2018 às 21:46
Viajar é viajar em mim
Iniciei, há pouco mais de uma semana, uma viagem. Permiti-me fechar os olhos para tudo o que fazia parte de meu universo e abri-los para o universo do outro. Mergulhei fundo para conhecer histórias, para desbravar vidas e, à medida que viajava, senti-me pequena frente a tudo o que se colocava diante de mim. O mundo é grande, ainda que caiba na janela do nosso olhar, mas os detalhes que constituem a grandiosidade do mundo só podem ser percebidos se os olhos se abrirem como janelas frente a ele. Há culturas para serem conhecidas. Há rincões os quais podem os pés tocar. Há vozes a serem ouvidas, braços aguardando o abraço. Há vida à espera de vida, conhecimento a ser transmitido e muito ainda a ser ensinado. Comecei uma viagem há pouco mais de uma semana. Se meus pés tocaram solo novo; os ouvidos ouviram novas histórias; minha boca provou novos paladares; meu nariz, novas fragrâncias, isso não muda minha existência. O que me faz outra depois dessa viagem é o fato de me permitir iniciar a mais bela viagem, a viagem do homem sobre si, seu interior, sua essência. Como me ensinou magnificamente o escritor moçambicano, Mia Couto, não são por meio das distâncias que as viagens se constituem; mas sim pelas distâncias percorridas dentro de nós.

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