Notícias

Nossa crônica

10 out 2018 às 19:46
Vai pra longe a ideia de que o centro da cidade é o local onde a gente vai pra fazer serviços de banco, compras de gêneros diversos, tomar um lanche diferente e até passear. As cidades vão crescendo e, à medida que crescem, os bairros vão se tornando extensão do centro.
Esse dinamismo é bom, porque resulta em menor deslocamento para áreas já sobrecarregadas, implica economia de tempo, praticidade e bairros com atrativos. Dia desses conheci uma sorveteria de bairro com um sorvete delicioso. Vamos tomar um sorvete, alguém sugeriu e outra pessoa nos levou até o point do bairro.
O espaço servia sorvete, mas também contava com um cardápio variado de bebidas e, mais ainda, com um público degustador. Tinha ainda uma variedade de utilidades domésticas e alimentos, assim, fiquei sem saber se estava num mercado, numa sorveteria ou num boteco mesmo. Acho que a última classificação é a mais acertada. Estamos aqui, vamos pedir. Um litro de sorvete pra viagem, por favor. E do nada, aparece o filho da proprietária com um chuveiro na mão falando alguma coisa ligada a pendengas domésticas. Que cena!
Agora sim, o sorvete. Com que delicadeza a mulher, vestida com uma blusinha pelo menos três números abaixo do necessário, segurou a espátula e começou a pôr o produto no pote. A força era tanta que eu tive a impressão que o pote se partiria. Entre uma e outra investida, ela respondia a outro cliente como se gritasse por socorro. No pote cabia um litro, mas olha, eu duvido se ela não socou ali pelo menos um litro e meio, e ainda cobriu com cobertura e conseguiu fechar a tampa. Meu acompanhante olhava assustado e eu sorria como quem diz pelo menos tem sorvete.

Continue lendo