Domingo não pede cachimbo. Pede que nos dirijamos até a zona eleitoral designada e exerçamos o nosso direito ao voto. Vale lembrar àqueles que ainda relutam em votar que, em um regime democrático, o voto popular é uma forma de controlar o abuso de poder. Não é a única; porém é um caminho pelo qual se pode perseguir o próprio interesse e, não raras vezes, promover aquele que é comum à sociedade, como Adam Smith frisou, de modo mais eficaz do que quando realmente se pretenda. Válida ou não a possibilidade do voto direto, em tempos tão espinhosos, o que de fato interessa é que todos nós votemos com sobriedade e que não haja cerceamento em relação a este ato. Ademais, é preciso pensar que o debate em torno da escolha de um candidato em detrimento ao outro é saudável, mas nele não pode haver espaço para o ódio e a intolerância. O período eleitoral passa, as nossas amizades, não! E em sendo assim, pratiquemos o respeito às opiniões e às ideias, pois muito maior que imposições é a nossa necessidade de interagir com o outro. Portanto, ao invés de discursos inflamados que não chegam aos ouvidos que deveriam efetivamente ouvir, prefira o ato de imaginar-se no lugar do outro, a demonstrar consciência de si e da moralidade de seu comportamento.