A estudante de Artes Visuais Ana Carolina da Silva, 19 anos, conta que se encontrou em Londrina. Natural de Porto Alegre, vivia em São Paulo, capital, até dois anos atrás. Um sotaque delicado se pronuncia, misturando-se à beleza e autenticidade da jovem. Dos quatro irmãos, é a única que foi para as artes e a mãe prova que tem muitas habilidades, pois é cabeleireira. O skate é para ela mais que hobby e, não raro, faz dele meio de transporte. Mora na região central, estuda na UEL e considera que Londrina seja do tamanho ideal. "Eu me senti acolhida. Gosto muita da cidade - não chega a ser uma megalópole e talvez isso faça dela fácil", pensa. Conta que desde os nove anos passou a brincar de skate. "Meu irmão ganhou de presente. Ele preferia uma bicicleta e eu que ganhei uma boneca e um kit infantil. Fiquei de olho, então deu muito certo, gostei desse trem". Ana conhece poucas meninas que dominam o brinquedo. "Acho que são poucas porque esses dias o motorista do aplicativo disse que já me viu na rua, ele me reconheceu". Das qualidades de Londrina, cita as diferenças. Vejo que tem todas as religiões e eu me sinto bem por isso. É um lugar em que circulamos com liberdade e tirando o período das eleições, que talvez todo o país estivesse assim, é pacífica".