Aos nove anos, Claudia Bergamini teve sua primeira experiência como professora. "Dona Maria Lobo tinha 72 anos, não sabia ler e nem escrever". Período em que hoje os educandos estão no 4º ano do Ensino Fundamental, a menina já mostrava tino para a coisa. "Eu sempre gostei de ensinar e minha avó notava que eu passava segurança enquanto falava. Desde os sete anos eu fazia as leituras na missa." Bergamini considera que falar é um prazer e passar adiante o que sabe, um privilégio. Formada em Letras, foi só depois de casada e com os filhos amamentados que a educadora focou em sua missão, a de ensinar. "Após a graduação fiz especialização, mestrado, doutorado e me orgulho de tantos alunos que chegam a mim e falam como fui importante na formação deles. Quando encontro meus professores de 30 anos atrás, também fico emocionada. Isso aconteceu na semana passada, no aeroporto, quando revi minha professora Marlene Amaral, que me deu aula de Matemática no 6ºano e me emocionei". Conseguir despertar no outro o interesse e o conhecimento é uma realização para Claudia. "O papel do professor é necessário para a formação de qualquer profissional. Nós professores temos destaque, somos reconhecidos e nossa missão é nobre para toda a sociedade." (Walkiria Vieira/NOSSODIA)