Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

MERCADO DE TRABALHO - Deficientes intelectuais sofrem para encontrar emprego

14 out 2018 às 20:22

Compartilhar notícia

Domingos Pereira da Cruz começou a trabalhar há mais de dez anos, após a morte dos pais: "Eles que cuidavam de mim. Hoje eu ganho meu próprio dinheiro - Saulo Ohara
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Todas as empresas com mais de cem funcionários no Brasil precisam preencher parte de seus cargos com pessoas com deficiência (PcD). A obrigatoriedade está na lei de cotas, que prevê percentuais de 2% a 5% de acordo com número de funcionários. Mais de 418 mil trabalhadores com deficiência se valiam desta garantia até 2016, segundo os dados mais recentes do Rais (Relação Anual de Informações Sociais).
Os mesmos dados revelam, no entanto, uma dificuldade maior de inclusão para pessoas com deficiência intelectual. Elas representam apenas 8,2% desses trabalhadores, enquanto 48,9% são pessoas com deficiência física, 19,2% com deficiência auditiva, 12,8% com deficiência visual, 9,2% são reabilitados e 1,7% são pessoas com deficiências múltiplas.
Uma das explicações para tanta diferença é que as empresas estão priorizando trabalhadores que não precisam de apoio contínuo, o que pode não ser o caso de pessoas com deficiência intelectual. Isso sugere que as organizações estão mais preocupadas com o cumprimento da cota do que com a inclusão de fato, na avaliação de Carolina Ignarra, sócia fundadora da consultoria Talento Incluir, de São Paulo.

Mitos
Carolina explica que há uma série de mitos que interferem nesta questão e que precisam ser quebrados. Entre eles está a ideia de que pessoas com deficiência intelectual só podem trabalhar até quatro horas por dia (o que pode ser verdade para alguns, mas não todos) e o custo que os gestores acham que terão ao contratar pessoas com esta categoria de deficiência. "Mas há muitas instituições que fazem este trabalho de acompanhamento de forma gratuita", exemplifica.
Em Curitiba, o diretor de marketing e inovação da Asid Brasil (Ação Social para Igualdade das Diferenças), Luiz Hamilton Ribas, diz que há também receio nas empresas de que pessoas com deficiência intelectual não serão capazes de exercer atividades no mercado de trabalho. "Não é propriamente preconceito, mas uma falta de conhecimento que leva a essa crença", explica. (Rafael Costa/Grupo FOLHA)

Cadastre-se em nossa newsletter


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo