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MAIS UMA VÍTIMA

14 nov 2018 às 21:30
A Juíza de Direito de Cambé, Jessica Valéria Catabriga Guarnier, pediu ao delegado Roberto Fernandes envie os laudos dos exames de lesão corporal e necropsia do motorista Luiz Carlos de Miranda, de 63 anos, que morreu no dia 24 de outubro. Ele foi uma das vítimas de um acidente registrado no dia 30 de setembro na PR-445, próximo ao distrito da Warta. Ricardo Martins Moraes, de 39 anos, dirigia em alta velocidade sentido Londrina quando em local proibido tentou ultrapassar o caminhão dirigido por Luiz Carlos. Ricardo bateu na roda do caminhão e invadiu a pista contrária, batendo de frente com outro carro com quatro pessoas. Toda a família - sendo pai, mãe e duas crianças - morreu no local.
No dia do acidente, Luiz Carlos recebeu atendimento médico e diagnosticado com ferimentos leves, sendo levado ao Hospital, mas recebendo alta dias depois. No entanto, ele foi novamente internado no dia 20 de outubro devido à uma insuficiência renal, falecendo no dia 24. A assessoria de imprensa da Santa Casa informou na época que Luiz Carlos morreu por conta de complicações no quatro médico.
No documento, a juíza solicita que os hospitais e unidades médicas em que a vítima foi atendida encaminhem os prontuários médicos. O NOSSODIA falou com o delegado Roberto Fernandes, que explicou que os exames deverão ser feitos de forma indireta. "O exame de lesão corporal foi pedido, mas o motorista morreu antes de ir ao IML. Agora, o exame deverá ser feito com base nos prontuários médicos, por isso chamamos exame indireto". "Caso seja comprovado que a morte do Luiz foi causada pelos ferimentos do acidente, o Ricardo (autor) vai responder por mais uma morte e se condenado, a sua pena pode aumentar", completou.
Ricardo Martins Moraes foi preso em flagrante e recebeu habeas corpus no dia 26 de outubro. Em troca, ele não pode manter contato com testemunhas, mudar de endereço sem avisar a Justiça e não pode deixar a cidade. Neste intervalo, a Polícia Civil o indiciou pelo crime de homicídio no trânsito com agravante de embriaguez ao volante e a Justiça aceitou o pedido do Ministério Público para que ele se torne réu por quatro homicídios, lesão corporal grave e por dirigir bêbado. Por meio desta denúncia aceita, Ricardo teve a carteira de habilitação suspensa e até o momento aguarda o julgamento em liberdade. A pena, em caso de condenação, varia de 5 a 8 anos de prisão. Dependendo da interpretação da Justiça, caso seja acrescentado o dolo eventual, a pena pode subir para 20 anos. (Edson Neves/NOSSODIA)

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