Proposta
Começo a coluna com uma informação. A grande maioria dos conselheiros do Londrina é contrária à proposta feita pelo gestor Sérgio Malucelli para anistiar o repasse de 10% das receitas ao clube a partir do próximo ano. E, sinceramente, espero que este pedido não seja atendido. Não consigo imaginar que um tipo de proposta com este teor prospere nos corredores do VGD. É impossível o LEC abrir mão da sua única fonte de receita. Como ficarão os compromissos já assumidos pelo clube? Os salários dos funcionários? A manutenção do VGD? Por mais importância que o gestor tenha na vida do futebol alviceleste, aceitar um pedido como este será o maior tiro no pé do próprio clube dos últimos anos.
Reconhecimento
Não atender o desejo do gestor, não significa falta de gratidão com SM. Simplesmente é questão de sobrevivência do clube. SM fez e faz um trabalho digno de elogios à frente do Londrina. Tirou o Alviceleste do fundo do poço para um lugar de destaque no futebol nacional, com títulos e conquistas nestes oito anos. É um dos grandes – não o único – responsáveis pelo ressurgimento do LEC. Isto ninguém tira. Agora uma parceria só é boa quando é positiva para os dois lados. A partir desta proposta, será lesiva ao clube. Aliás, o Londrina foi o único dos lados que aceitou abrir mão de receitas quando a questão econômica apertou. Já o gestor agiu de forma contrária e não fez os repasses de direito do LEC ao longo de 2018.
Futuro
Espero que o gestor tenha bom senso e que o LEC tenha discernimento para que o melhor caminho seja tomado. Talvez um novo acordo – não nos moldes propostos por SM – possa selar a continuidade do trabalho em conjunto, pelo menos até o fim do contrato em 2020. Seria bom para os dois lados. A partir daí, se realmente não há interesse do gestor em renovar, que assim seja e que cada um siga o seu caminho. Não sei se o Londrina terá capacidade para andar sozinho e isso vai depender de quem estiver a frente do clube. O que tenho certeza é que o LEC não irá morrer sem a SM Sports e que o Londrina hoje é um clube muito mais forte, viável, economicamente e financeiramente e mais valioso do que quando começou a parceria em 2011.