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Londrina ganha loja incrível para jogos de tabuleiro

28 out 2018 às 22:32


A regra é entreter e, com apenas cinco meses de funcionamento, a loja Board Game in Box está três casinhas à frente no quesito originalidade, já que supera as expectativas até dos mais exigentes fãs de tabuleiro com opções para jogar no local, para locação ou compra. A diversidade ultrapassa os 200 títulos, passando por clássicos como War, Banco Imobiliário, Detetive, ícones como Catan e os atuais como Star Wars: Destiny. De todos os gostos e dificuldades, incluindo board games de jogos eletrônicos, séries e filmes.

As caixas robustas, as peças de qualidade impecável e as diferentes versões de jogos como o "Jogo da Vida" podem ser vistas na loja de modo nostálgico, bem como o ritual e a organização peculiar em torno do tabuleiro. "Chega cliente porque ganhou um jogo de presente e quis conhecer mais. Outras pessoas vão a um churrasco e passam a ver a experiência que o jogo oferece é única", adianta Jorge Anelli, um dos sócios da casa.
Um tabuleiro representa diversão para quem quer jogar com a família, amigos e até sozinho. "Sim. Jogar solo é possível e vários jogos possuem regras pré programadas que fazem o papel de um jogador. É você contra o tabuleiro", esclarece. Anelli começou no modo hobby e hoje está nas duas frentes, é um apaixonado pelos board games e fez deles também um negócio que atende uma demanda interessada na proposta de jogar - bem como suas atividades intrínsecas, como o incentivo ao raciocínio lógico, o exercício da memória e a interação. "Há jogos para os iniciantes, alguns bem rápidos, leves e eles oferecem uma verdadeira imersão. Alguns exigem e atraem justamente porque requerem raciocínio logico, conhecimento histórico e embasamento social".


No leque de opções, cita Pandemic, que tem como desafio curar doenças que estão se espalhando pelo globo terrestre e salvar a humanidade e ainda Ticket to Ride, como verdadeiro convite a quem deseja começar ou retomar os tabuleiros.


Gina Mardones


Carta na manga
Com um quarteto de sócios atualizado, há jogos para todas as idades, perfis e Jorge Anelli explica que esse mercado de entretenimento vem se tornando dinâmico no Brasil, embora não se compare à produção e cultura que existe na Europa e Estados Unidos. "Montar um acervo é algo que fica caro para uma pessoa, então aqui somos facilitadores, pois com a variedade de títulos, é possível conhecer, aprender, praticar e alugar, além de encontrar na loja pessoas a fim de jogar também".


Assim, o clube de jogos atrai diferentes gerações. "Médicos, engenheiros, dentistas, designers, professores e estudantes", cita. Assíduo da Board Game in Box, João Angelo de Paula Baccarin, 17 anos, é estudante do 3º ano do Ensino Médio. Com uma rotina focada em entrar no curso de economia, encontra nos jogos de tabuleiro uma momento para oxigenar as ideias. "Venho pra espairecer, mesmo. E funciona", enfatiza. O frequentador Lucas Kruger, 27, confirma as possibilidades que o encontro dá. "É bom. A gente sai um pouco e não fica só trancado em casa", reflete.


Sobre o negócio, o sócio Jorge Anelli explica no Brasil os jogos de tabuleiro são classificados como brinquedos mas passou a estudar o que já dominava como hobby como plano de negócio e enxergou um mercado com potencial muito bom. Em 2017, o mercado de brinquedos no País movimentou um volume de R$ 7 bilhões, sendo que os jogos de tabuleiro representam em 10% deste montante. Um das principais editoras brasileiras é a Galápagos Jogos, fundada em 2009 e que se tornou referência no assunto, principal distribuidora nacional.

"Percebemos que era uma aposta segura e investimos em estrutura e no atendimento". E quando alguém pergunta se os jogos de tabuleiro são opostos aos games eletrônicos, discorre: "Os jogos de videogame se popularizaram, mas os analógicos não acompanharam a mesma velocidade. Ao contrário do que se imagina, são duráveis, acessíveis e assim como os eletrônicos, uma experiência lúdica."


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