As inscrições para a captação de alunos para o 2º Colégio da Polícia Militar de Londrina terminam na próxima segunda-feira (8), às 18h, e só poderão ser feitas através da internet. A instituição funciona desde o início do ano e agora prepara o seu segundo processo classificatório para o ano letivo 2019. Atualmente, cerca de 360 alunos estão matriculados no colégio.
São oferecidas 90 vagas para o 6º ano do ensino fundamental e 60 para o 1º ano do ensino médio. A taxa de inscrição custa R$ 90 e as provas serão aplicadas nos dias 11 de novembro (fundamental) e 25 de novembro (médio), às 8h30. Mais informações estão no site o www.cpmlondrina.com.br.
O NOSSODIA foi até o Colégio para conversar com os alunos sobre o que mais estão gostando na instituição.
A palavra respeito foi a mais comentada entre eles. Aos 11 anos, Ana Júlia Silva Ciuz confessou que no início a adaptação não foi fácil, mas que hoje está valendo a pena. "Tive dificuldades. Na minha antiga escola não respeitavam nem os professores, então ficava difícil de aprender. Aqui os alunos têm mais interesse, isso fez com que eu começasse a entender melhor as matérias e recuperasse minhas notas", disse a menina, que está no 6º ano.
"Vim para cá ainda na época do Colégio São José e falta de respeito deixava difícil o aprendizado. Hoje existe respeito entre os alunos e com os professores, o que ajudou até na minha timidez. Minhas notas melhoraram e vou até receber uma medalha de honra ao mérito", revelou a aluna do 9º ano, Gabriela Cardoso Ferraz, de 14 anos.
Joaquim Bruno Neto, de 12 anos, está no 6º ano e afirmou que a opção de entrar no Colégio Militar foi totalmente sua. "Tenho o sonho de ser oficial militar", explicou. A postura ensinada na sala, segundo ele, reflete no comportamento fora de lá. "Um dia estava em uma padaria quando chegou um grupo de meninos de outra escola, todos gritando, atrapalhando os outros. A gente aprende a ter respeitar o espaço e as pessoas", garantiu o menino.
Diretor do colégio da PM, o capitão Alfredo Euclides Dias Neto, foi pontual em resumir o objetivo da escola. "É uma escola como qualquer outra, mas trabalhamos valores que estão se perdendo, como respeito, solidariedade, pontualidade e comprometimento". Neto também destacou o que o colégio vai buscar para o ano que vem. "Consolidar as atividades do contraturno, evoluir ainda mais a parte pedagógica e terminar as obras para oferecer uma melhor estrutura física", concluiu.
O que dizem os pais
Mãe de Ana Júlia, a enfermeira Adriana Ferreira da Silva afirmou que o Colégio da PM contribuiu para o desenvolvimento da sua filha. "Existia a preocupação de ela ter saído de um colégio menor. No início, ela não estava se adaptando, mas melhorou muito. Eu mesma já tentava passar uma educação mais rígida, e o colégio complementou isso com a sua estrutura. Hoje ela é responsável com as suas tarefas e nem fico preocupada, porque sei que ela vai fazer".
Pai dos gêmeos Henrique e Felipe, de 11 anos, o designer gráfico Jorge Luiz Solteiro contou que apenas um dos meninos conseguiu vaga para o Colégio da PM. "O Felipe ficou por um ponto de se classificar". Solteiro complementa dizendo que já vê diferença no agir entre os dois filhos.
"Nunca foram crianças que deram trabalho, mas a gente percebe que o Henrique está mais independente e faz as suas tarefas sem precisar de cobrança. No comportamento, vejo que ele até chama a atenção do Felipe quando vê algo de errado. Isso acredito que são traços do que é passado no Colégio", complementou. A intenção agora, para o designer, é de deixar os filhos na mesma escola. "Quero colocar o Felipe lá também, não só pelo ensino, mas também na parte da logística", finalizou.