Segue indefinida a situação das famílias que foram afetadas por um incêndio que consumiu dez barracos em uma área de ocupação no conjunto Novo Amparo (zona norte) na noite de segunda-feira (13). Foram cerca de 25 pessoas - entre homens, mulheres e crianças - afetadas pelo fogo. As a primeira noite, as famílias passaram em uma Igreja Católica próxima ao local do incêndio.
O presidente da Associação de Moradores do Conjunto Novo Amparo, Flávio Alves Folgado, contou ao NOSSODIA que uma reunião foi realizada na tarde de quarta-feira (16) com a Cohab (Companhia de Habitação de Londrina) para tentar chegar a uma solução para o problema. "Foi passada uma proposta para incluir essas famílias na lista do Minha Casa Minha Vida, mas isso não é uma solução imediata. A gente gostaria de ter discutido um terreno para elas (se instalarem). E agora...essas famílias vão para onde? Eles ganharam eletrodomésticos e outros móveis, mas como isso vai ser colocado em outra casa?" questionou.
Para o presidente, um caminho seria a mudança do tipo de área. "Ali é uma área de praça. Se a Procuradoria Geral analisasse o terreno e fizesse uma procuração pedindo a alteração do tipo de área, a Prefeitura poderia dar o aval para a Câmara votar uma mudança para área residencial. É só eles darem o pontapé inicial que a gente correria atrás", finalizou. A reportagem buscou contato com o presidente da Cohab, Luiz Cândido de Oliveira, mas não obteve retorno. (Edson Neves/NOSSODIA)
Abrigos temporários
De acordo com a secretária de Assistência Social, Maria Inês Galvão de Mello, todas as famílias afetadas pelo fogo já foram realocadas em locais temporários. "Tivemos duas pessoas, dois homens, que estavam em situação de rua e que não possuem família por aqui. Eles trabalhavam fora e dormiam no assentamento. Neste caso, eles foram levados à Casa Bom Samaritano. Uma família, de quatro pessoas, ainda passou a noite de terça (15) para quarta (16) aqui. As demais famílias estão em casas de parentes", explicou.
Como a maioria dos moradores já estava cadastrada no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) Norte B, foi entregue uma cesta básica nos abrigos temporários. "Elas normalmente já recebem um benefício eventual no valor de R$ 72. Por conta da fatalidade, estamos ampliando a ajuda com uma cesta básica".
O coordenador adjunto da Defesa Civil, Demerval Anderson do Carmo, ressaltou que o trabalho da Defesa já foi finalizado. "Atuamos na atenção imediata e na ajuda humanitária, levando as famílias para a igreja e depois disponibilizando os colchonetes e lanches. No outro dia, fizemos orientações junto à Assistência Social e à Cohab. A área onde pegou fogo foi totalmente limpa pela Secretaria de Obras, porque corria o perigo de causar outro acidente".
Representante do movimento dos Vicentinos da Capela Nossa Senhora do Amparo, Cristiane Ferraz de Oliveira observou que a comunidade ainda está oferecendo refeições aos moradores afetados. "Eles podem tomar os lanches e almoçar por aqui, mas não temos mais espaço para abrigá-los devido às doações que estamos recebendo, por isso estão nas casas de parentes". Segundo ela, alguns itens ainda estão em falta. "Graças a Deus recebemos bastante roupas. mas ainda precisamos de alimentos, leite, produtos de higiene e limpeza em geral. Pedimos também doações de coisas para bebê, já que existe uma mulher grávida de quatro meses", completou. Além disso, o grupo orientou que não possui condições de buscar as doações. "A gente pede que quem for doar, que possa entregar diretamente na capela". (E.N.)
Serviço
As doações para as famílias afetadas pelo incêndio no Novo Amparo poderão ser feitas exclusivamente na Capela Nossa Senhora do Amparo, que fica localizada na rua Maria de Jesus, 162. Mais informações com o presidente da Associação de Moradores do Conjunto Novo Amparo, Flávio Alves Folgado, pelo número 99827-8070.