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DIRETO DO JAPÃO - Melancia é amarela faz sucesso na feira da Saul

13 jan 2019 às 19:00

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O engenheiro agrônomo Carlos Eikiti Hirooka arrenda a área ao produtor que cultiva as melancias amarelas e já se prepara para iniciar seu próprio cult - Saulo Ohara
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Numa pequena área de mil metros quadrados próximo a Estrada do Limoeiro, bem atrás da Acel, em Londrina, um produtor rural de origem japonesa atiça a curiosidade de quem gosta de frutas exóticas. Todo final de ano, Massao Tanahashi agita a feira da avenida Saul Elkind comercializando melancias amarelas de pequeno porte. Em tempos em que o vermelho anda fora de moda no Brasil, o produtor faz a festa dos clientes com a variedade japonesa kodama.
A área total arrendada por Massao é de 5 mil metros quadrados. A especialidade dele é morango e hortaliças, mas há 19 anos anos faz uma safra diferenciada da melancia amarela. A variedade apareceu na vida do produtor quando ele morava no Japão e se encantou pela fruta. Quando voltou ao Brasil, no ano 2000, trouxe na mala umas sementes para ver se vingava na região de Londrina. Deu certo e é um grande sucesso do feirante/produtor.
A reportagem foi conferir de perto a produção, que já está encerrando. Ainda encontramos na área algumas melancias para experimentar, muito doces e com um gosto levemente diferenciado da variedade vermelha. A safra de Massao geralmente começa em setembro e finaliza em dezembro. A cultura tem ciclo muito rápido, com um mês para a florada e um mês para a maturação dos frutos, que tem um enorme apelo visual. "Todo ano comercializo em torno de 500 melancias kodama facilmente. Nas primeiras colheitas elas chegam a 4 quilos, mas a média normal delas é de 1,5 quilo a 2 quilos."
Na feira da Saul, Massao comenta que os clientes já esperam a safra chegar. A clientela é fiel e paga em torno de R$ 5 pela kodama de pequeno porte. "É muito fácil de comercializar, pela curiosidade e pelo tamanho. Deixo uma aberta na feira e o povo vem pela curiosidade, experimenta e leva para a casa. O sabor é um pouco diferente e se for colhida na época certa, fica até mais doce que a vermelha."
Para o leitor que ficou com vontade e acha que já perdeu a oportunidade deste final de ano, uma boa notícia. Massao vai produzir uma segunda safra, de forma experimental, em fevereiro. Ele explica que no calor fica mais complexo o manejo, pela sensibilidade das frutas, que têm a casca muito fina e racham facilmente. "Ela trinca na própria roça. Em relação a pragas e doenças, é tranquilo."
O engenheiro agrônomo, Carlos Eikiti Hirooka, foi quem arrendou a área para Tanahashi. Ele comenta que após ver a lavoura do companheiro, também deve plantar a variedade na sua área, que tem um total de 12 alqueires. "Morei no Japão por 13 anos e onde morava tinha a famosa melancia de Matsumoto, na província de Nagano. Aqui na região, não é comum o plantio de melancias, que chegam ao Ceasa de Goiás e São Paulo", explica ele, que já foi secretário da agricultura do município e hoje atua na central de abastecimento. (Victor Lopes/Grupo Folha)
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