A advogada especializada em Direito Médico e à Saúde, Melissa Konda, contou que o ramo das clínicas populares surgiu na década de 1990, mas que foi "virar moda" há pouco tempo. "Com a crise econômica, de 2014 para cá, três milhões de pessoas deixaram de ter plano de saúde, seja pelo lado financeiro ou porque perderam o emprego que oferecia o benefício." Melissa reforçou que os estabelecimentos devem estar registrados no CRM (Conselho Regional de Medicina) de cada Estado e apresentar um diretor técnico médico. Ela orienta a população a ficar de olho em diversos fatores para verificar que a clínica é séria. "É proibido o médico se apresentar como especialista em uma área, se ele não tem essa titulação. Isso pode ser confirmado no site do Conselho. Publicidades externas anunciando valores, descontos e formas de pagamento também são proibidas." As denúncias, segundo ela, podem ser feitas tanto no CRM quanto no Procon, no caso envolvendo pagamentos, e as punições variam de advertências, passando por suspensões e até mesmo a cassação do exercício da função. Por fim, ela explicou que o termo "clínica popular" não deve ser levado como algo inferior. "A qualidade deve ser a mesma", finalizou. (E.N).