As calçadas do Bosque Central de Londrina estão sendo reparadas com piso paver no trechos mais irregulares. O serviço vem sendo executado por uma empresa terceirizada, sob a coordenação da secretaria municipal de Obras e Pavimentação. A expectativa é que o serviço seja concluído até meados de novembro. "Mapeamos quais áreas precisam ser substituídas tanto nas passagens por dentro do Bosque quanto na calçada no entorno. A próxima etapa é no ‘Zerinho’, ou seja, no canteiro central onde o pessoal costuma jogar baralho", diz o secretário da pasta, João Verçosa.
Ele explica que o serviço é uma demanda antiga, avaliada na primeira etapa de revitalização do Bosque, que se iniciou em julho de 2017. Na ocasião, foram realizadas poda de árvores, troca das lâmpadas e limpeza dos globos para melhorar a iluminação, com a parceria da Sercomtel Iluminação. Em maio de 2018, voluntários realizaram o plantio de mudas de orquídeas nas árvores do canteiro central, em uma iniciativa do Rotary Club de Londrina, com o apoio da UEL (Universidade Estadual de Londrina), Tiro de Guerra e da Catedral Metropolitana. No mesmo período, uma equipe da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) realizou a pintura de bancos e outros equipamentos, e funcionários da Sema (Secretaria Municipal do Ambiente) fizeram nova poda de árvores, plantio de flores e limpeza do espaço.
Vera Lucia Rangel, moradora da região, reconhece todos os esforços para valorizar o espaço, mas não acredita que ele voltará a ser uma opção de lazer pelas famílias. "Porque tem a questão da insegurança", cita. A mesma sensação é descrita pelo garçom Adão Silveira. Ele passa pelo local diariamente, há 50 anos. "Teve uma época que esse lugar era lindo, mas hoje está muito diferente. Acho que o maior problema são os frequentadores. À noite, por exemplo, não passo por aqui de jeito nenhum porque é muito perigoso", conta.
Já professora Aitana Luz passa por ali esporadicamente e é um pouco mais otimista. "Um lugar tão bonito desses poderia ter uma manutenção constante, como uma boa limpeza para afastar o mau cheiro das pombas, assim como poda das árvores. Acho que assim as pessoas iam aproveitar bem", opina.
O secretário da Sema, Gilmar Domingues Pereira, informou que não estão programadas no momento outras atividades, além do recolhimento de árvores e galhos caídos. A assessoria de comunicação da CMTU comentou que a participação do órgão nas ações de recuperação se limita à pintura da quadra de esportes e dos equipamentos, serviços que foram realizados na primeira etapa do projeto.
Verçosa afirma que "neste momento, levando em consideração a dificuldade de recursos, estamos trabalhando no sentido de atender apenas a questão de segurança daqueles que transitam o local, ou seja, na mobilidade".
O início da segunda fase de revitalização do Bosque depende da conclusão do projeto que está sendo desenvolvido pelo Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina) desde 2015. "Ele precisou passar por uma série de adequações por contemplar intervenções maiores, com troca de todo o piso e embelezamento do espaço, mas está praticamente pronto. O próximo passo daí será viabilizar os recursos", aponta Verçosa.
Além do Bosque Central, a secretaria de Obras realiza reparos nas calçadas de nove praças em várias regiões. O "pacote" também envolve a execução de bases para academias de ginástica ao ar livre em alguns desses locais. "Fizemos uma ata de registro preço a partir de um planejamento prévio. Dessa forma, conseguimos atender essas dez demandas com um orçamento que estava disponível, no valor de R$ 87.421, e com um prazo de execução estimado em 75 dias", aponta. (Mikaela Orikasa/Grupo FOLHA)