Se a derrota para o Gama é inesquecível para a torcida do Londrina, os 3 a 0 também ficaram marcado na memória deste repórter. Foi o primeiro ‘grande’ jogo da minha trajetória na Rádio Paiquerê e surgiu de uma forma inesperada. Há um ano na emissora, já tinha feito jogos do Campeonato Paranaense e da Série B daquela temporada, no estádio do Café.
Não estava escalado para aquela decisão em Brasília e acabei precisando viajar às pressas, em razão de um problema de saúde do companheiro Tatinha. Embarquei sozinho – foi também a minha primeira viagem de avião – e cheguei no Distrito Federal no início da tarde de sábado, véspera da partida. O menino de 19 anos do interior se espantou com as linhas e construções grandiosas da capital federal. A nossa equipe ficou no mesmo hotel em que estava a delegação do Londrina. Percebi desde a chegada que a movimentação no local era muito grande e foi assim até a noite. Jogadores pelo saguão, dirigentes, dos dois clubes, inclusive, convidados, torcedores e curiosos. A ficha caiu. Não era um jogo qualquer. Apesar de Brasília não ser uma cidade que respira futebol, sobretudo com os clubes locais, se falava muito daquele jogo pela cidade. No domingo, ao chegar ao Mané Garricha percebi que o clima era mesmo de final. Ao subir para o gramado e ver as arquibancadas lotadas e a energia que emanava dos torcedores, pensei que realmente seria difícil o Londrina sair dali classificado.
A minha impressão se materializou em campo e como se diz na gíria do futebol, o Londrina tomou um baile e poderia jogar a noite toda que a história não seria diferente.
Ao ver a decepção e até o choro de alguns londrinenses após a derrota no vestiário, ficou a certeza que ali só tinha futebol mesmo e que a vitória foi justa e foi conquistada por méritos do rival. As lágrimas alvicelestes comprovavam a dor pela chance desperdiçada.
A tristeza pela derrota me atingiu também, mas saí daquele estádio com a certeza de que estava pronto para todas as outras emoções e decisões que o futebol iria me proporcionar nos próximos anos. (L.F.C)
Não estava escalado para aquela decisão em Brasília e acabei precisando viajar às pressas, em razão de um problema de saúde do companheiro Tatinha. Embarquei sozinho – foi também a minha primeira viagem de avião – e cheguei no Distrito Federal no início da tarde de sábado, véspera da partida. O menino de 19 anos do interior se espantou com as linhas e construções grandiosas da capital federal. A nossa equipe ficou no mesmo hotel em que estava a delegação do Londrina. Percebi desde a chegada que a movimentação no local era muito grande e foi assim até a noite. Jogadores pelo saguão, dirigentes, dos dois clubes, inclusive, convidados, torcedores e curiosos. A ficha caiu. Não era um jogo qualquer. Apesar de Brasília não ser uma cidade que respira futebol, sobretudo com os clubes locais, se falava muito daquele jogo pela cidade. No domingo, ao chegar ao Mané Garricha percebi que o clima era mesmo de final. Ao subir para o gramado e ver as arquibancadas lotadas e a energia que emanava dos torcedores, pensei que realmente seria difícil o Londrina sair dali classificado.
A minha impressão se materializou em campo e como se diz na gíria do futebol, o Londrina tomou um baile e poderia jogar a noite toda que a história não seria diferente.
Ao ver a decepção e até o choro de alguns londrinenses após a derrota no vestiário, ficou a certeza que ali só tinha futebol mesmo e que a vitória foi justa e foi conquistada por méritos do rival. As lágrimas alvicelestes comprovavam a dor pela chance desperdiçada.
A tristeza pela derrota me atingiu também, mas saí daquele estádio com a certeza de que estava pronto para todas as outras emoções e decisões que o futebol iria me proporcionar nos próximos anos. (L.F.C)