Quase 400 ciclistas participaram do Desafio MTB na Veia - Cidade de Londrina na manhã de domingo (9). Segundo o organizador Luciano Bitencourt, foram 379 inscritos, de 88 diferentes grupos de ciclismo. "Esse número é bem próximo do que tínhamos imaginado. Nós abrimos 500 inscrições imaginando que chegasse perto de 400 inscritos. Para o primeiro ano que estamos realizando, achamos muito bom", destacou.
"O nosso intuito é que esse evento se torne uma tradição na cidade. No ano que vem, vamos entrar com projeto na Câmara para tornar o evento oficial no município, para que todo segundo domingo de dezembro tenha essa prova em comemoração ao aniversário da cidade", projetou.
Ele ressaltou que a pedalada fica como opção para que não haja só futebol e provas pedestres como eventos esportivos de comemoração do aniversário de Londrina. "O mountain bike tem crescido muito. A gente vê muitas equipes surgindo e, nas provas que a gente acompanha, cada vez mais tem surgido mais gente. Acho que a cidade só tem a ganhar com isso", apontou. Ele destacou que a prática da modalidade gera benefícios para a saúde, acaba com o sedentarismo e melhora a qualidade de vida. A prova desse domingo teve toda a renda revertida ao Hospital do Câncer de Londrina.
A prova
A partir das 6h30, os participantes puderam desfrutar de um café da manhã no restaurante Porco no Tacho para ganhar energias para percorrer o circuito. Para os iniciantes, o percurso foi de 20 km; para aqueles que já possuem mais condicionamento físico, de 35 km; e para os mais experientes, com mais de um ano de atividade, a distância foi de 55 km.
A rota da pedalada partiu do campo do estádio municipal Fidelcino de Freitas, no Heimtal. A largada aconteceu às 8h. A rota passou por estradas rurais da região, entre Londrina e Ibiporã. "É um percurso que passou pela Água das Abóboras e Pico do Guarani. A gente, que pedala com frequência por lá, sempre tira fotos porque a região tem paisagens muito bonitas. Você respira ar puro e pratica atividade física ao mesmo tempo e isso é muito bom", destacou Bitencourt.
O evento reuniu muita gente de outros municípios, a maior parte da Região Metropolitana de Londrina, mas foram registrados participantes de outros Estados. Estiveram presentes pessoas de Arapongas, Assaí, Bela Vista do Paraíso, Cambé, Florestópolis, Gramado (SC), Ibiporã, Jaguapitã, Jataizinho, Londrina, Pitanga, Porecatu, Presidente Prudente (SP), Primeiro de Maio, Rolândia, Sertanópolis e Tamarana.
A técnica de enfermagem Fernanda Fortunato, 27 anos, por exemplo, é de Ibiporã. "Por ser de fora, eu nunca percorri essa rota. Eu estava bastante ansiosa, porque escolhi percorrer o maior percurso, de 55 km", destacou. Ela gostou bastante do evento por reunir ciclistas de várias cidades. "Pedalo há dois anos e meio. Para mim, pedalar é vida. Gostei do evento e a cidade tem mais é que comemorar pedalando", afirmou.
O casal formado pelo motorista Renato Alves de Souza, 42, e pela vendedora Valdirene Andrade de Souza, 41, optou pelo percurso intermediário, de 35 km. Ambos são londrinenses e gostaram da ideia de comemorar o aniversário de Londrina percorrendo as estradas rurais da cidade.
"São lugares bonitos e os menos perigosos, porque não tem o movimento dos carros. É um fator importante, porque os motoristas ainda não respeitam os ciclistas", declarou a vendedora. Seu marido sempre faz pedalada na região. "Tem um grau de dificuldade, pois é um percurso com subidas e descidas. Comecei a pedalar há quatro meses e é uma satisfação para a gente reunir o pessoal no domingo em um evento como esse. Gosto dessa cidade e ter uma festa no domingo para celebrar o seu aniversário e encontrar os amigos é muito bom", declarou.
A atividade é recomendada para pessoas de todas as idades. O comerciante Carlos Alberto Rodrigues possui 58 anos e diz que todas as vezes que há um evento como esse pessoas de todas as idades se reúnem. "Faz bem para a saúde, para a cabeça e todo mundo fica em movimento. Comecei a pedalar há quatro anos. Faço parte dos Pedais Vermelhos, com 20 anos de ciclismo. Temos ciclistas de 67 anos pedalando com garotada de 20 anos de idade. A saúde melhorou e o físico fica bom. É pedal na veia. Quando eu saio para as trilhas, é como se fosse uma terapia muito boa", declarou.
Ao final da prova, os participantes puderam saborear um chope e também participaram de um almoço de confraternização no Porco no Tacho.