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Áreas esportivas sofrem com abandono

21 out 2018 às 20:20

Revitalizado há seis anos, o campo de futebol Murilo Zamboni, localizado na divisa entre os jardins Atlanta e Tarobá (zona sul), hoje é qualquer coisa, menos área de lazer: palco para desfile de cavalos, reunião da turminha da bagunça e de comércio de drogas. O alambrado no chão e a placa enferrujada mais do que denunciam a situação.
Moradora em frente do campo, Lourdes Artemam conta que após a reforma, as encenações da "Paixão de Cristo" eram realizados por lá. "Pena que durou apenas três anos. Hoje ninguém aparece lá por causa dos carrapatos trazidos pelos cavalos. Ainda tem gente porca que joga entulho."


Ainda na região sul, existem outros campos com situações bem diferentes. No Parque das Indústrias, na rua Mitomu Simamura, o campo de futebol é "padrão FIFA". Alambrado sem nenhum buraco, marcações do campo bem pintadas e as traves contam com rede. No campo do Cafezal I, a área é cuidada pela associação do bairro. Para evitar invasores, os portões possuem corrente e cadeado. "Quando tem campeonato amador, isso aqui lota. É um dos melhores campos da cidade", assegurou, José Aparecido da Silva, morador da região. No Parque Guanabara, a quadra poliesportiva está bem cuidada.


O NOSSODIA foi verificar se os extremos se repetem em outras regiões da cidade. Na zona leste, o campo do Jardim Aragarça - que já recebeu muitos duelos entre o time dos casados contra solteiros - hoje se resume em alambrados caídos e apenas uma trave. Na Vila Fraternidade, a quadra virou mocó. No Mister Thomas, o campo é bem cuidado. Um membro da associação disse fazer o possível para manter o local atrativo. "Se não sou eu aqui, a coisa não funciona. Alugamos final de semana para bancar a conta de energia. Só de tinta são R$ 600", revelou.


Edson Neves

Quadra da vila Fraternidade


Na zona oeste, quase um cemitério. As quadras das ruas Lindóia (Parque Alvorada) e Deputado Fernando Ferrari Saturno (Campo Belo) se despedaçam em meio ao mato e a ferrugem. Na rua Saturno, ao lado da UPA do Jardim do Sol, a diferença entre a quadra abandonada e o campo bem cuidado é gritante. A chuvarada da última semana ajudou para que os galhos quebrados reforçassem o abandono.


Edson Neves

Quadra da Rua Lindoia


Já na zona norte, a quadra da rua Aurélio Buarque de Holanda virou depósito de entulho. "Está assim desde o início do ano", denunciou uma zeladora do Colégio Estadual Adélia Dionísia Barbosa. O campo da rua da Humildade, no Ruy Virmond Carnascialli, faz jus ao nome e parece não aceitar os "luxos" de uma grama cortada. Próximo dali, no Lago Norte, as áreas estão cuidadas e movimentadas, assim como no campo da rua Tanganica, no Ouro Verde. "Ainda é muito utilizado. Poderia estar melhor, mas já reformaram e estamos buscando combater o vandalismo. O relógio de energia quase foi danificado esses dias", disse Wagner Alves, morador do bairro, que dava treinos funcionais.



Campo do Maria Cecília (zona norte)


Fotos: Edson Neves

Campo da rua Humildade (zona norte)
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Quadra da rua Joaquim Ferreira de Paula
(zona norte)


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