Moradores do Jardim do Leste, zona leste, gostariam que o espaço onde funcionava a Casa da Mulher – Centro de Formação e Ações Integradas, volte a ter alguma utilidade. A área é grande e fica entre as ruas Mario Bonalume, Nelo Tomás Laineti e Luís Mondek. Os muros pichados, as janelas quebradas e o mato alto dão um ar de casa assombrada pelo abandono. Dizer que o espaço virou um mocó não é exagero.
A dona de casa Regina Oliveira diz que os vizinhos se uniram para que a insegurança não tome conta. "Na época que saíram daqui, ficou muito abandonado. Aí quando alguém entrava para fazer algo errado, a gente chamava logo a Guarda Municipal, que dispersava quem estava por ali. Queremos que o espaço seja reutilizado e não deixar que os maloqueiros se acomodem".
"Tenho certeza que quem chega por aqui tem a mesma impressão de insegurança de que eu tive quando me mudei para esse bairro. A imagem de abandono dá medo. Não está perigoso, mas de certa forma tem os problemas de insetos com o mato alto. Com a quadra que está sendo construída ali perto, o contraste entre o novo e o velho é muito grande", observou Denilson Dolongo, angolano está no Brasil há cinco anos, dois deles em Londrina.
Também moradora próxima, uma mulher que não quis se identificar botou a boca no trombone. "As mulheres do bairro ficaram revoltadas quando saiu daqui pela primeira vez, aí foi para o outro lado da avenida (Máximo Peres Garcia).
Agora foi para perto da Gleba Palhano. Tem gente que fazia curso aqui e hoje não tem condições de ir para o outro lado da cidade. Semana passada pegamos duas pessoas transando em plena tarde, umas 16h, ali naquele cantinho", esbravejou. "A Guarda teve que vir dar um jeito. O pessoal também invade de noite para fazer fogueira. Já pegou fogo duas vezes. Imagina se acontece algo pior?", continuou.
A secretária de Assistência Social, que também responde pela Secretaria de Políticas para Mulheres, Maria Inês Galvão de Mello, informou que o prédio ainda será utilizado pela Administração. "Uma parte da casa foi interditada porque suas estruturas ofereciam perigo, por isso a transferência das atividades", justificou. "Nós também estamos elaborando um projeto de revitalização daquele local. É grande, espaçoso e importante para as atividades que desenvolvemos", concluiu.