Depois do Carnaval, o evento mais esperado e festejado do calendário brasileiro são as festas juninas, que animam os meses de junho e julho com muitas brincadeiras, música caipira, quadrilhas, comidas e bebidas típicas. Essas festas são manifestações populares que nasceram de uma divertida mistura entre história e folclore, sempre privilegiando a gastronomia.
A tradição de festejar o mês de junho antecede o nascimento de Cristo. Para os antigos, o verão, que nos países do hemisfério norte se inicia nessa época, era sinal do início das colheitas. Numa época em que as alterações climáticas eram vistas como sinais dos deuses, o fogo representava proteção contra a falta de chuvas, as pestes e a seca. Desde os tempos pagãos a data é comemorada com fogueira, dança, música e muita comida.
Somente no século VI o catolicismo passou a associar esta celebração ao aniversário de São João. No século 13 os portugueses incluíram São Pedro e Santo Antônio nas festanças. No Brasil, a data é comemorada desde 1583.
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Vários novos elementos foram incluídos nas comemorações ao longo dos anos.
A quadrilha, por exemplo, chegou ao país no século 19, trazida pela corte real portuguesa. Inicialmente dançada apenas pela nobreza, ela se popularizou e chegou à roça. Originária da França (quadrille, em francês), antigamente a quadrilha era muito apreciada pela aristocracia européia.
Populares principalmente no interior do País, essas festas são comemoradas com novenas e folguedos folclóricos – como fogueiras, danças típicas em arraiais, brincadeiras que incluem "casamento caipira", "quadrilha da roça", cadeia, correio elegante e pau-de-sebo, além do consumo de iguarias da culinária popular brasileira e bebidas típicas. A queima de fogos de artifício ainda é tradição em muitas regiões brasileiras, mas por motivos de segurança não é recomendada como forma de entretenimento e diversão durante as festas, ou fora delas. A queima de fogos deve ser feita por adultos, preparados para manusear este tipo de material.
Apesar de o elemento chave das festas ser a descontração e a alegria, cada região do Brasil apresenta suas particularidades. No Rio Grande do Sul, por exemplo, os participantes não aderem aos trajes caipiras e comemoram com o vestuário típico da região, como a bombacha, sob o ritmo do vanerão. Já no nordeste, os ritmos que imperam são o forró, o baião e o xaxado.
Tendências econômicas
Hoje as festas juninas já perderam muito do caráter religioso instituído pela Igreja para dar lugar a tendências econômicas e até turísticas. É o que ocorre nas cidades de Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco, onde as festas juninas são tradicionais eventos turísticos que alavancam a economia local. Nessas cidades a festança se estende durante todo o mês, e há uma disputa acirrada para ver quem promove a maior, e melhor, festa junina do mundo.
Em nome da economia, hoje em dia as festas são também julinas. A idéia é descentralizar a realização de todas as festas no mês de junho, estendendo a temporada até o mês de julho e, conseqüentemente, aumentar os lucros obtidos em cada arraial (igrejas, escolas, centros comunitários e cidades).
Dicas da Fundação Procon
O período de festas juninas é um dos mais comemorados no país. Para esta época típica de pipoca, quentão, danças e folguedos, a Fundação Procon faz algumas recomendações:
Alimentos - Nos estabelecimentos comerciais, lembre-se de que os produtos embalados devem conter, entre outras informações, a data de validade, nome, endereço e CGC do fabricante, além do carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) ou do Ministério da Saúde. Prefira embalagens transparentes; plásticos coloridos podem esconder o verdadeiro estado do produto. Na compra a granel, verifique o peso e a aparência do alimento (sujidade, umidade).
Outros cuidados devem ser observados no momento da compra, como a cor, aparência e cheiro dos alimentos. Não adquira embalagens enferrujadas, amassadas ou perfuradas. Nas quermesses, observe a higiene do que está sendo vendido. Verifique se os alimentos estão adequadamente acondicionados, armazenados e refrigerados.
Roupas: faça pesquisa de preços antes de adquirir. Roupas feitas com material sintético não são muito confortáveis ao calor e são facilmente inflamáveis (pegam fogo e derretem).
Chapéus: observe se o tamanho é adequado. Verifique se a loja faz a troca do produto solicitando que seja anotada na nota fiscal essa possibilidade.
Pinturas: ao utilizar cosméticos, verifique sua composição e possíveis
recomendações que devem constar da embalagem. Lembre-se de que as crianças possuem um tipo de pele mais sensível e muitos desses produtos podem conter substâncias tóxicas que provocam reações alérgicas.
Divirta-se com segurança
Fogos de Artifício: é comum acontecerem acidentes com este tipo de produto, como queimaduras, perda de dedos e da mão. Assim, seu uso deve ser feito com muita atenção e cuidado. Certifique-se que o material seja de boa qualidade e que tenha informações sobre o fabricante, além das instruções de uso. Recuse produtos vendidos em locais não autorizados (portas de garagem, ambulantes, armazéns, etc.), que estejam próximos a materiais como álcool, gasolina, botijões de gás ou a madeira e papel.
Cuidado! Não permita que crianças brinquem com fogos de artifício.
Balões: não solte! Eles podem provocar incêndios em árvores, casas e fábricas, causando danos ao meio ambiente e às pessoas. De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98, artigo 42), quem solta balões pode ser preso (pena de um a três anos) sem direito a fiança.
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