Introduzida no Brasil há 25 anos, a Wagyu é uma raça de gado japonesa que está conquistando o país. Wagyu, que significa gado (gyu) do Japão (wa), é uma das carnes mais valorizadas no mercado gastronômico internacional e excelente para um bom churrasco, como mostra o site https://tudoparachurrasco.com.
Apreciadores do corte destacam o aroma único e a textura macia como seus principais atributos. Toda a fama e suculência aparecem no preço, que pode variar de R$300,00 a R$1.450,00 o quilo.
O Wagyu é conhecido como a Louis Vuitton das carnes e sua principal peculiaridade é o alto nível da gordura intramuscular, também conhecido como "marmoreiro". Toda essa rigidez e cuidado no processo de criação do corte reflete diretamente no preço pago pelo consumidor.
Para conservar a qualidade genética do animal, os japoneses têm incluído cerveja e massagem no manejo dos animais. Aqui no Brasil, esses cuidados são inviáveis por causa do alto custo de produção.
"Parece manteiga, derrete na boca. Tem mais umami [nome dado pelos japoneses ao que acreditam ser o quinto sabor] do que qualquer outra no mundo”, descreve o chef Jonah Kim, do restaurante japonês Makoto em entrevista à revista Veja.
Atualmente, existem duas raças do bovino japonês: o Black Wagyu e o Red Wagyu. Enquanto o Black apresenta um maior marmoreio em sua carne, a carcaçado Red tem um melhor rendimento.
No território brasileiro, a raça ainda é pouco explorada, por isso, criar a raça no Brasil pode ser um ótimo investimento para pecuaristas, uma vez que a demanda pela carne é muito maior do que a oferta.
A introdução em terras verde amarelas foi uma forma de contribuir com o melhoramento genético da carne brasileira. Entretanto, esse foi um processo lento, visto que a Yakult, empresa responsável por trazer a carne ao país, passou 10 anos investindo na genética animal para, então, abrir espaço para que novos produtores pudessem adquirir seus animais. Mesmo assim, a produção raça por aqui ainda é mínima em relação a demanda dos restaurantes por todo o país. A própria Yakult, por exemplo, abate cerca de 50 cabeças por ano, número considerado muito pouco se comparado com outras raças.
Uma das alternativas para os restaurantes brasileiros tem sido servir a carne apenas em ocasiões especiais. Alguns estabelecimentos oferecem o Wagyu cruzado com a raça Brangus ao longo do ano. A opção é uma alternativa também para familiarizar o consumidor local, visto que o corte cruzado tende a ter um preço um pouco mais baixo.
Junto com países como a Coréia do Sul, Estados Unidos e Austrália, o Brasil já é um expoente na criação e na qualidade da carne do wagyu. Hoje já são cerca de 50 criadores, que possuem um rebanho de cinco mil animais puros de origem.
Nos EUA, por exemplo, você pode adquirir, com 140 dólares (cerca de R$ 530) um pouco mais que 100 gramas de carne. Se for no Japão, com o mesmo valor, você leva 57 gramas.