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Veja receitas!

Projeto divulga plantas alimentícias não convencionais

Agência Brasil
12 jan 2020 às 15:56
- Reprodução/Instagram
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Estudo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) mostra que o número de plantas consumidas pelo homem nos últimos cem anos se reduziu de 10 mil para apenas 170. No Brasil, apesar da riqueza e variedade de espécies encontradas na natureza, a demanda do mercado se concentra em algumas dezenas de itens, esquecendo milhares de outras espécies disponíveis.

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Quem aí curte pratos à milanesa? Na nossa página PANCS UFF do Facebook postaremos amanhã receita de flor ipê-branco à milanesa, e ontem já postamos pra vocês as características e usos da planta. Não deixem de conferir. Foto por: A Cozinha da Cacau. . #pancs #pancsuff #ipe #ipebranco #foodplant #plantasalimenticiasnaoconvencionais #edibleflowers #vidasaudável #saúde #comaverde #comerbem #dietasaudável #healthylife #healthyfood #vegan #vegetarianismo #botânica #biologia #botânicabrasileira #floradobrasil #florabrasileira #botanic #natureza #natural #nature #cozinhapanc #greenfood

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Com base neste comportamento, desde 2013, o Departamento de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) vem resgatar a cultura popular do consumo de plantas alimentícias muito usadas no passado e cada vez mais esquecidas, através do projeto Pancs (Plantas Alimentícias Não Convencionais),

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Em entrevista à Agência Brasil, a professora do departamento, Odara Boscolo, explica que os brasileiros, com o passar do tempo, perderam o hábito de consumir plantas que comiam antigamente, como aroeira, picão, mostardas, entre outras. "O pessoal foi perdendo o costume. O Pancs procura fazer o resgate de uma cultura popular que a gente tinha”.


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E aí, galera! Hoje no evento muita gente pediu a receita da nossa mousse de hibisco, então viemos trazer pra vocês :) Anota tudo e se fizerem nos marquem! Ingredientes: - 1 lata de leite condensado - 1 caixinha de creme de leite - 1 pacote de gelatina sem sabor - 1/3 de xícara de chá concentrado de hibisco Modo de preparo: Para fazer o chá, utilize uma xícara de água e um punhado generoso de flores secas de hibisco. Deixe esfriar e reserve. Hidrate a gelatina conforme embalagem. Em um liquidificador, coloque o leite condensado, creme de leite, 1/3 da xícara de chá de hibisco e a gelatina. Bata por aproximadamente 5 min e coloque em uma tigela. Leve para a geladeira, espere gelar e aproveite!! #PANCUFF #PlantasAlimenticias #PANC #food #UFF

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Fácil acesso

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O grupo que participa do projeto Pancs UFF procura preencher essa lacuna, levando à sociedade informações sobre plantas de fácil acesso e elevado teor nutritivo, valorizando, dessa forma, a flora nacional. Segundo Odara, a grande maioria dessas plantas é conhecida principalmente no interior do país. As redes sociais são um recursos usado pelo grupo para que a informação chegue à população.


Segundo a professora, além das folhas, muitas flores podem ser comidas. É o caso, por exemplo, do hibisco, do qual pode-se consumir as pétalas e as folhas, que contêm muito ferro. Outra é a capuchinha, semelhante à flor da abóbora e da mesma família que, além de rica em vitamina C e sais minerais, apresenta propriedades diuréticas, purificantes, analgésicas, anti-glicêmicas e anti-hemorrágicas. "A capuchinha tem aquele sabor azedinho, tipo trevinho, que é uma planta infestante, que as pessoas arrancam do vaso”, disse Odara Boscolo.

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Dependendo da região do país, a professora citou como alimento de alto teor nutritivo a maria gorda, também conhecida como major gomes. "É uma planta que nasce em qualquer terreno e é riquíssima em ferro”. Há ainda o caruru, também chamado de bredo, muito usado na Bahia; a serralha, planta medicinal comestível considerada por muitas pessoas como erva daninha, entre outras.


Odara Boscolo destacou que antes de comer qualquer planta, é recomendável que as pessoas investiguem se é a planta certa, para evitar problemas de intoxicação. "Não é para sair comendo qualquer coisa”. Para tirar dúvidas sobre o que deve ou não ingerir, as pessoas podem recorrer à página do grupo de pesquisadores do Pancs no Facebook ou no Instagram, onde poderão também se inteirar de receitas que podem ser preparadas com esses ingredientes.

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Como parte do projeto Pancs, o grupo idealizou um aplicativo para ajudar a população a reconhecer as Pancs, porém, segundo a professora, a bolsa de iniciação tecnológica oferecida pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBIT) ao projeto não foi renovada.


Com o objetivo de angariar fundos para ajudar na elaboração do aplicativo, o projeto Pancs prevê realizar, ainda no primeiro semestre deste ano, evento com palestras, mini-cursos, oficinas envolvendo receitas veganas, cosméticos naturais, e andanças nas ruas para ensinar a conhecer algumas plantas.

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Mais de 50 estudos acerca de espécies vegetais produzidos pela equipe do projeto podem ser disponibilizados no aplicativo. A ideia é possibilitar a identificação das plantas comestíveis através de foto, formato de folha, cheiro, cor. "É como se fosse uma chave de identificação. No final, você descobre a planta”.



Atividades

O projeto Pancs leva a colégios e feiras de ciências jogos educativos e interativos, visando aproximar o público de uma alimentação mais diversificada e nutritiva, além de promover mini cursos em universidades. "A gente vai adequando as nossas atividades de acordo com o público- alvo”, pontuou Odara.


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