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Conheça duas receitas inspiradas na cultura holandesa

17 out 2021 às 16:00

Pão de centeio, marraqueta, alentejano, australiano, ciabatta e brioche. Há diversos tipos de pães que se tornam cada vez mais conhecidos dos consumidores que buscam variar nas receitas e no cardápio. Um levantamento feito pela Kantar WorldPanel e pela Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados) mostrou que, só no primeiro quadrimestre de 2020, a categoria de pães industrializados teve um crescimento de 6,2% no faturamento e de 7,1% em volume. Segundo a mesma pesquisa, entre as refeições mais rápidas, a escolha pelo sanduíche teve um aumento de 34% justamente pela praticidade que a pandemia exigiu.  


E os brasileiros começam a variar na escolha, indo além do pãozinho francês ou de forma e incluindo versões típicas de outros países também na rotina. São tipos de pães que trazem um pouco da cultura e tradição dos povos que formaram cada região do Brasil. De acordo com a engenheira de alimentos Harmke Marlena Kok Kooistra, moradora de uma colônia holandesa em Arapoti (PR), o pão de centeio costumava ser o alimento básico para muitas pessoas na Holanda e na Bélgica. Ela conta que a composição e a preparação desse tipo de pão são determinadas historicamente e regionalmente no país holandês. “Além do  cheiro, da cor, da textura e do sabor, o método de preparação do pão de centeio é bem diferente do pão normal”, destaca Harmke, que também é produtora de pães de centeio artesanais. 


Esse pão é muito tradicional nas regiões frias da Europa, como a Holanda, devido ao clima. O pão de centeio se popularizou pela possibilidade de ser armazenado por mais tempo que o pão de trigo, ou seja, pode durar por semanas e em baixas temperaturas. 


Harmke afirma que uma curiosidade é que o pão de centeio costuma ser cozido e não assado. “No sul da Holanda, o cozimento do pão de centeio leva de uma hora e meia a duas horas. Em Frísios, levam de quinze a vinte horas e em Gelderland a preparação leva dez a quinze horas”, revela. Ela também comenta que o sabor é levemente adocicado e azedo. Já a textura é úmida e densa. A cor marrom escuro se deve justamente pelo longo período de cozimento. “O pão de centeio é composto de sementes de centeio e de girassol, água e sal. Esse pão não contém fermento, nem conservantes e é muito rico em fibras”, explica. 


Costume de consumo diário


Margriet Lucy Straatsma, filha de imigrantes holandeses, que mora em Carambeí (PR), conta que o povo holandês costuma comer pão uma ou duas vezes por dia, costume trazido justamente pela praticidade. “Holandeses levam pão para o trabalho, piquenique e jantam cedo, por volta das 18 horas. Além disso, adoramos o cheirinho de pão fresco em casa”, comenta. 


Para a conselheira da ACBH (Associação Cultural Brasil-Holanda), Janny Erkel, o pão é um alimento muito característico da cultura holandesa. “O povo holandês aprecia muito a variedade de pães. Além de ter um significado pela nossa cultura, permite sabores para todos os gostos”, salienta. 


Para apreciar um pouco da cultura holandesa, a Harmke Marlena Kok Kooistra disponibilizou uma receita de Pão de Centeio. Outra receita é de Pão de Abóbora da Graciane Eckermann, uma das três influencers que venceu o concurso “Seja um Influencer Herança Holandesa”, marca de farinha de trigo da Unium.


Gekookt Roggebrood - Pão cozido de Centeio 


Ingredientes: 


- 500 gramas de farinha de centeio 

- 300 ml de água 

- 10 gramas de sal 

- 20 ml de glicose de milho 


Modo de preparo:


1. Junte todos os ingredientes e forme uma massa.


2. Unte uma forma com tampa, coloque a massa e aperte, se necessário, até que feche bem. Coloque a forma de alumínio dentro de uma panela de pressão com água até 2 cm abaixo da altura da forma.


3. Deixe ferver por uma hora na panela de pressão.


4. Depois retire e pode ser serviço com café ou chá.


Pão de abóbora - por Graciane Eckermann


Ingredientes:


- xícara (chá) de abóbora cozida amassada

- 3 xícaras (chá) de farinha de trigo 

- ¾ de xícara (chá) de leite morno

- 2 colheres (chá) de fermento biológico seco

- 2 colheres (chá) de açúcar

- 1 colher (sopa) de manteiga em temperatura ambiente

- 2 ovos

- 1 colher (chá) de sal

- Uma pitada de páprica doce

- Uma pitada de pimenta síria

- Uma pitada de zattar

- Raspas de limão siciliano

- Farinha de trigo para polvilhar a bancada


Modo de preparo:


1. Numa tigela pequena misture o fermento e o açúcar com ¼ de xícara (chá) de leite morno até dissolver. Deixe descansar por cerca de 5 minutos.


2. Em outra tigela misture a farinha com o sal. Acrescente a abóbora e misture bem. Abra um buraco no centro e junte o fermento dissolvido. 


3. Em outra tigela pequena quebre os ovos e bata levemente. Acrescente o restante do leite morno, misturando bem com a mão e adicione os temperos. 


4. Enfim, junte a manteiga e amasse bem. Sove até ficar em ponto de véu.


5. Modele uma bola, volte a massa para tigela e cubra com um pano de prato. Deixe descansar até dobrar de tamanho.


6. Assim que tiver crescido, transfira a massa para a bancada e modele o pão no formato de abóbora. Cubra com o pano de prato e deixe crescer por mais 40 minutos. Pré aqueça o forno a 200 °C (temperatura média).


7. Pincele uma gema de ovo batida no pão já crescido e coloque para assar por 30 minutos. 

 

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