A desnutrição ainda é um grave problema para muitos países. No Brasil, boa parte da população de classes sociais menos favorecidas sofre deste mal. No entanto, há outro tipo de fome que não é provocada pelo consumo insuficiente de alimentos, mas sim pela baixa quantidade de vitaminas e minerais necessários: É a chamada 'Síndrome da Fome Oculta'. Ela atinge desde os mais pobres até aqueles que têm a mesa farta (por hábitos alimentares inadequados). Nos dois casos, os indivíduos não consomem adequadamente nutrientes e vitaminas fundamentais para que o organismo funcione corretamente.
Assim como outros males, em princípio, ela não apresenta sintomas, dificultando o seu diagnóstico. A Síndrome da Fome Oculta compromete o sistema imunológico, diminuindo a resistência contra doenças e infecções e prejudicando o desenvolvimento físico e mental. A situação é tão grave que um levantamento do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) revelou que uma em cada três pessoas em todo o mundo não ingere a quantidade ideal de vitaminas e minerais. O estudo também constatou que 40% das crianças com menos de cinco anos estão com o sistema imunológico debilitado por carência de vitamina A.
Para a nutricionista Vanderli Marchiori - consultora da Nutrilite -, a falta de ferro é a mais freqüente para os que sofrem da Síndrome da Fome Oculta, diagnosticada por meio da fadiga crônica e da anemia. "Além disso, há a alteração de humor e insônia, muito freqüente nas pessoas que apresentam baixa quantidade de zinco, selênio e magnésio no organismo. Casos de hipertensão também podem estar relacionados à deficiência de vitaminas como potássio ou de fitoquímicos, que estão presentes nas frutas e verduras, responsáveis pela elasticidade da parede das artérias e vasos sanguíneos", afirma.
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Ainda segundo Vanderli, a ausência de cálcio e de vitamina D pode levar ao comprometimento no crescimento das crianças e adolescentes. "Na fase adulta , pode causar a osteopenia e osteoporose, doenças que são invisíveis ao leigo", esclarece a nutricionista.
Como evitar a fome oculta
Seguir uma dieta saudável e equilibrada, variada em calorias, carboidratos e proteínas é o primeiro passo para evitar a fome oculta. Quando o indivíduo não consegue adequar a alimentação às necessidades do seu organismo é importante a orientação de um médico ou nutricionista.
"O consumo de vitaminas e minerais é vital para a manutenção de nossa saúde. Quando não há disponibilidade de alimentos - ou a necessidade diária excede a capacidade de consumo alimentar - os suplementos vitamínicos podem e devem ser usados. No entanto, sempre com orientação especializada de um nutricionista ou médico", recomenda Vanderli Marchiori. Segundo ela, muitos casos de obesidade estão relacionados à baixa concentração sangüínea de algumas vitaminas e minerais. "Nesses casos, a suplementação passa a ser fundamental no tratamento do paciente".
A fome oculta pode ser detectada por meio de exames de sangue, sendo que o mais utilizado é o hemograma com dosagem de hemoglobina e análise das reservas de ferro. (Das agências)