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Alta gastronomia

Minilegumes têm clientela selecionada

Gisele Mendonça - Folha de Londrina
31 dez 1969 às 21:33
Os mi­ni­le­gu­mes se des­ta­cam nas pra­te­lei­ras de lo­jas es­pe­cia­li­za­das e em al­guns su­per­mer­ca­dos e possuem uma variedade grande - Reprodução
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Eles são bonitos, custam caro e têm uma clientela selecionada. Os minilegumes se destacam nas prateleiras de lojas especializadas e começam a aparecer em alguns supermercados. A variedade já é grande. Tem miniatura de cenoura, moranga, abobrinha, beringela, chuchu, milho, beterraba, pepino, entre outros. Inicialmente voltado para o público gourmet, interessado na alta gastronomia, este tipo de produto já conquista outros consumidores, que levam as miniaturas para casa em ocasiões especiais.

‘Quando vão fazer uma salada ou algum outro prato mais incrementado, as pessoas correm aqui procurar minilegumes’, conta a comerciante Sandra Shiroma. Ela diz que compra esse tipo de produto em pequena quantidade e que geralmente sai tudo no final de semana. Portanto, um dia bom para achá-los nas bancas é na sexta-feira. O consumidor que quiser também pode encomendar.

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Nesta semana, Sandra tinha disponível a minicenoura, a minimoranga e um tipo de minitomate, mas, esporadicamente, recebe também miniaturas de chuchu, pepino e até de alcachofra, dependendo da época. ‘No Natal você encontra de tudo aqui. Apesar de ser caro, nesta época vende muito bem, já que as pessoas investem sem dó nas festas de final de ano’, diz.

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O minitomate, apesar de ser antigo, aparece atualmente em novas variedades como o grape. A cor é um vermelho mais forte e o sabor é bem adocicado. Para conquistar o público infantil, há lojas que trazem o produto embalado com rótulo de personagens da Disney. Neste caso, o pote de 350 gramas custa R$ 7.

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A cenoura é um dos produtos em miniatura encontrados com maior facilidade no mercado. É vendida, geralmente, em embalagens de 250 gramas, e pode custar de R$ 5,80 a R$ 7. O preço é alto, se comparado com o valor da cenoura normal, que nessas mesmas lojas especializadas sai em média R$ 2,50 o quilo.


‘A procura é baixa, não é para consumo diário. Mas a gente tem que ter esse tipo de produto para atender os consumidores que procuram os minilegumes quando vão fazer algum tipo de prato especial’, afirma a comerciante Natalina de Jesus Mendonça.

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Ela lembra que há um tempo atrás recebia minicenouras importadas dos Estados Unidos, que eram bem mais caras. Hoje, vende o produto nacional. A comerciante também tem a minimoranga (R$ 42 o quilo), que faz sucesso nos jantares requintados e é bastante procurada por bufês. Uma das sugestões é usá-la na sobremesa, assada com açúcar e creme de leite.


Na loja de Natalina também há tomatinhos (de diversas variedades) e a couve-de-bruxelas, que não é um minilegume, mas lembra um repolho em miniatura. Ela diz que costuma receber outras variedades na forma mini como milho, pepino, chuchu. Quase tudo vem de São Paulo.

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Frutas da época


O congelamento é uma saída para aproveitar produtos da época, principalmente no caso das frutas. É possível levar grande quantidade para casa, descascar, picar e guardar no freezer em porções. Dá para ter suco natural todo dia, variando as opções. Entre as frutas que podem ser encontradas com bons preços atualmente nos supermercados - e que permitem o congelamento - estão manga e pêssego. Em algumas bancas de feira é possível achar um tipo de framboesa, também conhecida por amora preta, que vai para o freezer e depois vira um suco consistente, com leite ou com água.

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Produtos para pratos especiais


Pessoas que se interessam por gastronomia e que gostam de conhecer pratos diferentes em viagens são consumidoras potenciais dos minilegumes. ''São produtos exóticos, delicados, que podem fazer parte dos pratos ou apenas enfeitá-los'', diz o médico urologista Celso Fernandes Júnior. Ele costuma comprar esses tipos de legumes para o preparo de pratos ''mais elaborados''.

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O médico destaca a couve-de-bruxelas (popularmente conhecida como minirepolho), que aprendeu a apreciar quando morou no exterior. ''Na Europa, esse é um tipo de legume muito consumido. Na Espanha, principalmente, está sempre presente nas saladas, em algum tipo de entrada'', conta.


Para quem não conhece, Fernandes Júnior diz que a couve-de-bruxelas tem um sabor ''diferente, difícil de comparar'' com os legumes mais comuns. ''O ideal é consumir al dente. Pode ser com molho vinagrete ou simplesmente com azeite e sal. Fica uma delícia'', sugere.

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O casal Nélio Reis, professor universitário, e Maria Elizabeth Barreto de Pinho Tavares, psicóloga, costuma consumir a minicenoura como aperitivo. ''Você senta na frente da TV e vai comendo. O bom é que é saudável e não é calórico'', diz Reis. Ele conta que viu a minimoranga durante uma viagem recente ao Chile, mas não chegou a experimentar.


Na casa da farmacêutica Tânia Prevital e do agrônomo Arnaldo Prevital come-se bastante legumes, mas as miniaturas ainda não fazem parte dos hábitos alimentares da família. ''Vejo com mais frequência o tomatinho, mas não costumamos comprar'', diz Tânia.


Porém, o filho mais novo do casal, Arthur, de oito meses, já experimentou, e aprovou, o minitomate grape, que tem sabor adocicado. ''Demos uma vez e ele gostou'', conta Tânia, que também estava acompanhada do outro filho do casal, Felipe, 4 anos.


Alimentos processados


Os legumes em miniatura não são alimentos transgênicos. Entre os produtos encontrados hoje no mercado, parte é obtida por meio de técnicas convencionais de melhoramento, e parte é proveniente de colheitas precoces. Também existem aqueles que são processados depois de colhidos. Este é o caso das cenouras, uma das miniaturas mais comuns nos supermercados.


As cenouretes, como foram batizadas, passam por uma técnica de processamento cuja tecnologia foi desenvolvida pela Embrapa Hortaliças, de Brasília (DF), em 2001. As cenouras grandes são picadas e torneadas em máquinas para ficarem no formato de cenourinhas, em torno de cinco a seis centímetros. A pesquisadora da unidade da Embrapa, Milza Lana, explica que antes disso o Brasil importava dos Estados Unidos as cenourinhas, conhecidas por babies carrots, por preços bastante elevados.


No início, as cenouretes eram feitas a partir de variedades já existentes no mercado. ‘Era uma forma de se aproveitar as cenouras menores, que seriam jogadas das lavouras por não ter preço no mercado’, conta a agrônoma. Mais tarde, a Embrapa desenvolveu variedades próprias para o processamento. O objetivo era baratear o preço ao consumidor, mas isso ainda não aconteceu.


‘Ainda é um produto caro, com preço de importado, em torno de R$ 18 o quilo, mas sabemos que pode ser vendido mais barato. Ainda não houve uma divulgação eficaz a fim de popularizar’, avalia Milza Lana. Segundo ela, a cenourete foi criada para atender o público gourmet e também ser usada como aperitivo.

‘Nos Estados Unidos, o consumo é muito grande. As cenourinhas atendem o mercado fast-food. São vendidas em embalagens com várias divisões para serem consumidas no dia-a-dia’. Segundo a agrônoma, a Embrapa está analisando se há perda de vitaminas durante o processamento das cenouras. Na hora da compra, ela afirma que o consumidor deve verificar se o produto está em embalagem lacrada e refrigerado.


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