Podemos dizer que os doces são o fraco da humanidade. Viver sem eles é, para maioria das pessoas, uma verdadeira provação. Mas afinal, por que é tão difícil resistir a uma bela sobremesa ou mesmo a um 'inofensivo' bombom? Isso acontece porque consumir alimentos doces nos dá grande prazer. Mais do que deliciar o paladar, uma guloseima alivia a ansiedade, a tristeza e causa um sentimento de 'satisfação'.
Quando comemos alimentos açucarados nosso cérebro libera a serotonina, substância que desempenha um importante papel no sistema nervoso, com diversas funções, como a liberação de alguns hormônios, a regulação do sono, da temperatura corporal, do apetite, do humor, da atividade motora e das funções cognitivas.
Essa substância também é responsável por melhorar o humor, causando uma sensação de bem-estar. Logo, é natural que busquemos sempre alguma forma de estimular a liberação de serotonina, neste caso, comer doces.
Nasce a sobremesa
Mesmo sem saber, foi esse mecanismo que levou as cozinheiras da antiguidade a misturarem o açúcar a outros ingredientes, como ovos, farinha, frutas, gordura, e a criarem delícias saboreadas até hoje.
O próprio açúcar só começou a adentrar as cozinhas do mundo a partir do século XVII, quando a mercadoria passou a ter uma circulação significativa e se tornou mais acessível. Até então, qualquer tipo de adoçamento era feito com mel e o sumo da cana.
Com a popularização do açúcar surgiram novos pratos, ideais para serem consumidos após as refeições: as sobremesas. O hábito de servir uma pequena porção de doce antes de sair da mesa surgiu na Europa, entre os séculos XVII e XVIII. Daí para frente, a sobremesa se tornou indispensável e hoje é quase obrigatória para fechar com chave de ouro um bom almoço ou jantar. As combinações são inúmeras, mas o principal objetivo é torná-las um mimo gastronômico, proporcionando uma verdadeira festa ao paladar.