Quando você pensa em petiscos de botecos o que vem à cabeça? Um prato de fritas, uma porção de risoles, coxinhas ou um apanhado de iscas de peixe? Se esse for o seu conceito de comidinhas de botequim, é melhor aproveitar os 38 dias do Festival Bar em Bar, que começa hoje em várias cidades brasileiras, para ampliar os horizontes.
A baixa gastronomia (a maneira como os pratos servidos em barzinhos são conhecidos) está buscando na culinária sofisticada ingredientes e formas de apresentação que chamem a atenção de um cliente um pouco mais exigente.
Não é à toa que hoje em dia, muitos bares têm suas cozinhas pilotadas por chefs com formação em escolas de gastronomia e experiência em restaurantes sofisticados.
Na opinião do proprietário do Bar Aos Democratas, Leandro Yamagui Teixeira, o chef dá personalidade ao cardápio . ‘A gastronomia de bar mudou. O chef dá um toque especial aos pratos’, comenta Teixeira, que participa pela segunda vez do festival, promovido pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O evento tem como objetivo aliar festival gastronômico com ações de educação e responsabilidade social.
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Em Curitiba, participam do festival 38 estabelecimentos – na cidade de Londrina são seis casas. De acordo com o presidente da Abrasel-PR, Marcelo Pereira, a iniciativa valoriza e destaca a gastronomia inusitada dos bares, que se adapta aos gostos, preferências e paladares de um público cada vez mais heterogêneo.
O diretor-executivo da Abrasel-Pr, Luciano Bartolomeu, ressalta uma feliz coincidência: São 38 bares participando em Curitiba em 38 dias de festival. ‘Dá para visitar um bar a cada dia’, convida.
Cada local sugere um prato para o festival e aplica um preço especial para incentivar os clientes a consumi-lo. ‘Estamos servindo porções de harmonia. Harmonizamos o petisco com responsabilidade social’, diz Bartolomeu.
Enquanto o freguês se delícia com o tira-gosto, ele terá oportunidade de ler algumas mensagens educativas, impressas, por exemplo, nos aventais dos garçons. São frases sobre conservação do meio ambiente, controle do barulho, proteção às crianças e adolescentes, etc. Os clientes que pedirem o prato sugerido ganham mini-guias e colecionam carimbos para trocar, depois, por prêmios.
Ano passado, o bar Aos Democratas participou com um prato de frango que leva o nome do estabelecimento. Este ano, Teixeira optou por uma sugestão que tem mais cara de petisco, o Bolinho de Abóbora com Recheio de Carne Seca. ‘É um prato que tem ótima aceitação’, revela.
Com apenas um mês de vida, a Casa Prado aposta no festival como uma forma de tornar o estabelecimento mais conhecido. A aposta da sócia-proprietária Jaqueline Kolberg e do chef André Fontana é uma sugestão que faz sucesso nos botecos de Belo Horizonte (MG), o Mexidão.
‘Em Belo Horizonte o pessoal sai da balada e vai comer o Mexidão’, diz a jovem de Curitiba que trocou a carreira de publicitária pela administração do bar.
No site www.barembar.com.br é possível acessar a lista com todas as casas participantes do festival (veja quadro), endereço do lugar e o petisco inscrito por estabelecimento.