O café, xodó da mesa dos brasileiros, desde a época que o Brasil era colônia, não foi ofuscado pela indústria de refrigerantes, sucos comercializados, bebidas à base de soja, entre outros produtos prontos para beber. Pelo contrário, atualmente o café é encontrado com maior frequência nos escritórios, casas e, principalmente, em restaurantes, joalherias, salões de beleza, lojas e até em concessionárias.
Com o surgimento de outras bebidas a discussão se o café sobreviveria ficou aquecida. Porém, no ranking dos mais desejados, ele aparece como o mais consumido pelos brasileiros e, segundo pesquisa da Kantar Worldpanel, o café está em 95% dos lares.
"O café se faz presente no menu dos brasileiros, principalmente, pela manhã e após o almoço, e vai muito além de um café coado ou de um expresso. Os principais estabelecimentos investem em servir a bebida aos seus clientes como uma cortesia da casa. Trata-se de um mimo e com a cara do Brasil", explica Monica Leonardi, executiva da La Spaziale e especialista no assunto.
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Mesmo diante de tantas novas opções de estabelecimentos para apreciar o bom café, as cafeterias espalhadas pelo país não perdem seu charme e atendem tanto quanto antes. Porém, nos chamados "cafés" o ambiente é totalmente descontraído, bom para apreciar a bebida seja sozinho ou na companhia de algum amigo.
Uma das constatações realizada pela Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) é que o consumo diário médio de café subiu para o recorde de quatro xícaras por dia no Brasil, acima da Itália, França e Estados Unidos, tradicionais consumidores.
Este crescimento faz com que o setor tenha uma evolução de 3,5% ao ano, uma taxa superior à do PIB (Produto Interno Bruto). As pesquisas da Abic indicam que o aumento de consumo é generalizado e vem também das classe C e D.
Para Monica, um dos motivos do aquecimento do setor foi a inovação e o surgimento das cápsulas de café que chegaram e se espalharam rapidamente pelo mercado brasileiro.
"O consumidor se adaptou a tomar café em dose única. Alguns pontos que podemos ressaltar são que a diversidade de marcas favoreceu o consumidor e a mistura da bebida com outros ingredientes e de qualidade superior, os chamados tipos gourmet, atraíram a atenção da população que, apesar de se adaptar bem a tantas novidades, não abre mão de sentir o gostinho do café tipicamente brasileiro", finaliza.